Cultura & Espetáculos
Mobilização de coletivos está prevista para este domingo, dia 25, na Praça Guilherme de Almeida, e será das 10h às 18h
Por: Lucca Panzarini
O mês de junho é o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, que celebra a luta contra a discriminação que a comunidade sofre diariamente. Mais precisamente no dia 28, é comemorado o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, e a razão por trás da escolha da data se dá pela Rebelião de Stonewall, ocorrida em 1969, quando pessoas da comunidade se reuniram em forma de protesto contra perseguições sofridas na época, mais especificamente, em reação a uma invasão da polícia de Nova Iorque ao bar Stonewall Inn, localizado em Manhattan. O acontecimento ficou marcado na história do movimento de libertação gay, por isso, sua importância é reconhecida até hoje.
No Brasil, as paradas do orgulho LGBTQIAPN+ acontecem em diversas cidades do país. Campinas foi uma das primeiras cidades do interior a organizar o evento. A primeira edição foi realizada em 28 de junho de 2001, com um público de aproximadamente 500 pessoas. A primeira parada foi organizada por militantes LGBTQIAPN+, e então, formou-se um grupo que incluía diversos coletivos e movimentos da região, o que acontece até hoje. Nesse ano, o evento acontecerá neste domingo, dia 25, das 10h às 18h, na Praça Guilherme de Almeida, em frente ao Palácio da Justiça.
Para Priscilla Tonini, drag, humorista e madrinha da parada em Campinas desde 2001, a parada é importante, tanto em Campinas, como em outras cidades por simbolizar um dia de comemoração e também de militância a favor dos direitos da comunidade: “Além de ser um dia de celebração e festa, também é um dia de militar, mostrar à sociedade que somos muitos e que estamos aqui. O Brasil é o país que mais mata pessoas dessa população, então esse movimento traz essa força em mostrar que somos centenas de milhares em todos os locais do Brasil”, comenta. Sobre sua participação na organização da parada há tantos anos, Priscilla diz que além de ser legal e divertido, também há a responsabilidade de mostrar como a comunidade é alegre, colorida e que, principalmente, quer paz e viver em sociedade.
Como dito por Priscilla, o Brasil lidera o ranking de assassinatos de pessoas LGBTQIAP+, seguido por México e Estados Unidos. Segundo a Agência Brasil, foram 242 mortes em 2022, equivalente a uma morte a cada 34 horas. O número expõe a necessidade de mais segurança e de políticas de inclusão, a fim de proteger esses grupos.
Juh Brilliant, autor independente, pedagogo e fotógrafo, alega que, embora existam paradas e manifestações a favor, ainda faltam iniciativas governamentais com o intuito de promover pautas relacionadas à diversidade: “Ainda andamos a passos lentos e pequenos rumo a uma sociedade mais respeitosa e acolhedora. Estamos num processo de luta para conscientização da importância de diversidade, quando essa consciência deveria ser natural e orgânica”. Para ele, o debate acerca da questão prova o atraso, pois se todos fossem tratados usando a mesma régua social, o debate seria desnecessário. Por isso, segundo ele, é preciso um investimento cada vez maior em iniciativas do tipo, principalmente num país tão discriminatório.
Juh diz que existe um avanço na aceitação social, mas em contrapartida, frentes agressivas e conservadoras parecem aumentar cada vez mais. “Se existe uma melhora, existe uma rejeição proporcional, visto que os números e estatísticas ainda não mostram o que as pessoas têm dito aceitar”, concluiu.
Orientação: Prof. Artur Araújo
Edição: Suelen Biason
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