Destaque

‘É uma obra de resistência ao negacionismo’

Helena e Ana Petta descrevem legado do documentário “Quando Falta o Ar”, sobre a pandemia

Por: Matheus Cremonesi

“A narrativa é baseada na perspectiva daqueles que tentaram defender a vida das pessoas. O foco não é naqueles que são anticiência, que tentaram negar a gravidade da doença, mas daqueles que estavam na linha de frente tentando salvar as pessoas.”

Imagem do cartaz de Quando Falta o Ar, documentário sobre a atuação dos funcionários do SUS no combate à pandemia (Imagem: Reprodução)

A descrição é da médica campineira Helena Petta, 46, codiretora do documentário Quando Falta o Ar, lançado no último sábado (18) em sessão para convidados, no Shopping Unimart, quando a produção entrou para o circuito comercial.
A obra, que conta também com a direção de sua irmã e atriz Ana Petta, 44, aborda a luta diária dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), entre março de 2020 e janeiro de 2021, ambientada nos estados de São Paulo, Pernambuco, Pará, Bahia e Amazonas.

O documentário, como qualquer outra produção audiovisual lançada na época, contou com dificuldades para o lançamento. “Nossa maior dificuldade foi que, naquele momento, não havia políticas públicas para o audiovisual. Não tinha incentivos. Tivemos que recorrer a outros tipos de apoio, como ao instituto Todos pela Saúde, para conseguir fazer o filme”, diz a cineasta Ana.

Diante dos desafios relatados pelas diretoras e o momento delicado vivido no país, em função da falta de vacinas, Helena diz que o documentário é, acima de tudo, um ato de resistência contra o negacionismo de um “governo da morte”, referindo-se ao então presidente Jair Messias Bolsonaro.

A diretora também afirma que o filme tenta fazer um registro histórico de um momento ímpar e difícil pelo qual passou o Brasil, sendo uma forma de contar esse período da história para as futuras gerações.

A cineasta Ana Petta (dir.): “Contamos com o apoio da população que defende o SUS” (Foto: Matheus Cremonesi)

Ana salienta o apoio recebido de parte da sociedade para o lançamento do filme. “Contamos com o apoio da população que defende o SUS, de artistas, de intelectuais e de todos que são vinculados à questão da defesa do SUS. É um movimento muito bonito e importante para a divulgação do nosso trabalho”.

O jornalista e crítico de cinema Bruno Ribeiro, 45, que estava presente na sessão, disse que a produção é importante para a construção de uma memória histórica do momento vivido e que sua exibição no cinema ajuda muito a evidenciar a importância do SUS e das pessoas que estiveram na linha de frente do combate à pandemia.

Com 81 minutos de duração, Quando Falta o Ar já está sendo exibido nos cinemas, tendo disputado as preliminares para concorrer ao Oscar e vencido o festival É Tudo Verdade, em abril de 2022.

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Melyssa Kell


Veja mais matéria sobre Destaque

Obras de madeira reforçam a ideia da sustentabilidade


Artistas Leani Ruschel e Regina Lara apresentam novas obras sobre a importância da preservação ambiental


‘Japan House’ é o pedaço do Japão em São Paulo


Local idealizado pelo governo japonês se tornou ponto turístico da avenida Paulista


Conheça o museu em homenagem a Carlos Gomes


Entidade particular cuida de espaço de exposição de objetos ligados ao famoso compositor de Campinas


Dança impacta físico e mente das crianças e adolescentes


No Dia Mundial da Dança, praticantes e profissionais relatam os benefícios para a saúde


Cientista vê próprio estudo como primeiro no Brasil


No último episódio, palestrante passa por reflexões nas relações interraciais


Pedagogias Alternativas geram polêmicas na educação


Homeschooling, Kumon e Pedagogia Waldorf são alguns dos métodos que fogem do convencional



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes Daniel Ribeiro dos Santos Gabriela Fernandes Cardoso Lamas, Gabriela Moda Battaglini Giovana Sotterp Isabela Ribeiro de Meletti Marina de Andrade Favaro Melyssa Kell Sousa Barbosa Murilo Araujo Sacardi Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.