Cultura & Espetáculos
Estabelecimentos contratam mais funcionários e compram telões e aparelhos de TV para melhorar o atendimento da clientela; seleção de Tite estreia amanhã, dia 24
Por: Henrick Borba e Victor Sancho
Assistir aos jogos da Copa do Mundo em bares e restaurantes é um dos rituais mais tradicionais entre os torcedores brasileiros, principalmente quando a Seleção Brasileira entra em campo. É com este otimismo que proprietários de bares e restaurantes estão prevendo receber o público amanhã, dia 24, quando o Brasil estreia na Copa jogando contra a Sérvia, às 16 horas.
Ao contrário de outros anos, quando a Copa do Mundo acontece em julho, este ano o evento está sendo realizado este mês, no Qatar, com término previsto para 18 de dezembro. As altas temperaturas em julho no país sede fizeram a FIFA mudar o calendário do evento.
A mudança do calendário agradou não apenas os times e torcedores dos estádios como também os proprietários de bares e restaurantes, que aguardam maior movimento de público e de caixa durante a Copa do Mundo. Nesta época do ano, bares e restaurantes já costumam aumentar sua demanda em função de eventos e confraternizações e, com a Copa, a previsão é elevar o movimento tanto em público como em faturamento.
Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), as cidades do interior de São Paulo devem ter uma alta de 50% no movimento, comparado a meses normais e mais de 12 mil empregos gerados. “A estimativa de 50% no aumento das vendas é uma média de todo o setor, sendo que em vários estabelecimentos este índice poderá até dobrar, dependendo do tamanho e estrutura de cada restaurante ou bar”, explica o presidente da Abrasel Regional Campinas, Matheus Mason.
Quem prefere assistir aos jogos em bares e restaurantes espera encontrar qualidade no atendimento e segurança no local. A Catedral do Chopp – tradicional bar da região central da cidade – se organizou para receber os clientes durante toda a Copa do Mundo. Para os jogos do Brasil, a gerente do local, Carolina Nucci, espera um aumento de público. “A expectativa é a lotação máxima da casa e para isso precisamos estar com toda a equipe completa”, explica. “Teremos quatro telões que alugamos para a Copa, compramos quatro TV’s, montamos estruturas na parte de fora e em lugares estratégicos para acomodar melhor os clientes”.
Gustavo Vargas, gerente do Bar Candreva, também está otimista com a lotação da casa nos dias de jogos do Brasil. “A expectativa é muito grande, inclusive nós já sabemos que as vendas vão ser boas por conta das reservas que fizemos para o dia do jogo do Brasil. Estamos com o salão praticamente fechado de reservas”, disse. Segundo ele, a casa já registrou um volume maior de público no período da tarde, que costumava ser mais tranquilo. “Por conta dos jogos, isso aumentou.”
Até em locais com pouco tempo de vida, como o Bar e Restaurante Floresta Cultura, a expectativa com o aumento de público e de lucro é alta durante os jogos da Seleção Brasileira. Edward Bilton, proprietário da casa, projeta uma demanda de 50% a mais do que nos dias normais. “Investimos cerca de R$ 500 mil somente em equipamentos para estes eventos”, afirma.
EMPREGOS
Além de aumentar o faturamento em função do volume de público, bares e restaurantes também estimam gerar empregos temporários durante a realização da Copa do Mundo. “Cerca de 12 mil empregos temporários para garçons e pessoal de cozinha, que representam 30% do quadro de pessoal do nosso setor, deverão ser gerados nos 50 municípios de nossa base de representatividade para dar conta do atendimento ao público dentro das casas e na preparação de ceias e encomendas”, explica o presidente da Abrasel Regional Campinas.
O Bar Candreva contratou dez funcionários temporários para o período de Copa. “Como estamos no fim de ano e o movimento geralmente já é maior, nós precisamos melhorar e aumentar o quadro de funcionários.”, afirmou o gerente do Bar Candreva.
Sérgio Di Simeone, proprietário do Colonial Grill, espera um aumento de, ao menos, 20% nas vendas e, por precaução, fez a contração de nove funcionários temporários. “Contratamos com um mês de antecedência para treinar a equipe e deixar tudo pronto para novembro”, explicou.
COVID-19
O aumento de casos de covid-19 em Campinas durante as últimas duas semanas não deverá impedir o movimento no Bar Candreva, segundo Gustavo Vargas. “Estamos preocupados com essa questão e acompanhando o desenrolar por conta do aumento, nós ainda mantemos algumas normas para preservar o cliente e o funcionário. E estamos estudando a volta do uso de máscara”, disse.
O presidente da Abrasel Regional Campinas não acredita que a situação sanitária obrigue os estabelecimentos comerciais a fecharem suas portas com o aumento de casos de covid, como aconteceu no passado, mas recomenda o cumprimento das normas. “A Abrasel, como entidade, está atenta à situação e recomenda que os estabelecimentos mantenham os cuidados adotados desde o início da pandemia, mas não vê motivos para fechamento ou novas medidas mais duras nesse momento”, finaliza.
Acompanhe abaixo a entrevista completa com o gerente do Bar Candreva, Gustavo Vargas.
Orientação: Profa. Cecília Toledo
Edição: Henrick Borba
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