Destaque
Gabriella Antici, paciente e ativista, e a médica Bruna Zuchetti lamentam a lentidão do SUS
Por: Ingridy Porto

Em seminário que marcou a abertura da campanha “Outubro Rosa”, a paciente e fundadora do Instituto Protea, Gabriella Antici, sugeriu que o Ministério da Saúde adote no combate ao câncer de mama a mesma ação desencadeada pelo programa “Médicos Sem Fronteiras”, que trouxe do exterior profissionais de saúde para tentar zerar o déficit de consultas no sistema público. Ao lado das oncologistas Bruna Zuchetti, do Hospital Nove de Julho, e Ana Paula Refinetti, professora na Universidade do Texas (EUA), ela lamentou a lentidão de atendimento no SUS, argumentando que o tempo é o maior inimigo no combate ao câncer mamário.
“Iniciamos uma pesquisa para entender a lacuna de tempo em processos que vão da consulta até o tratamento”, disse Gabriella durante o evento promovido virtualmente pelo jornal “Folha de S. Paulo”. Em sua fala, ela sugeriu que o conhecimento das razões da demora é o primeiro passo para tentar superar o problema.

O instituto criado por Gabriela, que leva o nome da mais antiga flor registrada na natureza, tem como objetivo lutar pela atenção e atendimento a mulheres diagnósticas, até o tratamento nos hospitais conveniados com o SUS. A discussão sobre acessibilidade foi tema pontuado pela oncologista Ana Paula, que explora soluções a serem tomadas pela rede pública, em busca de assertividade e otimização do tempo de espera.
De acordo com a especialista, os últimos estudos realizados no Brasil apontam para uma demora de 90 dias entre o primeiro atendimento, em postos de saúde locais, até o especialista final. “Temos que entender se os médicos – os que estão disponíveis – estão atualizados, e principalmente se os espaços a serem utilizados para exames e atendimentos são adequados. Após essas análises, esperamos entender os motivos que ainda sim levem a esta lacuna”, explicou Ana Paula.

O raciocínio da especialista foi complementado pela oncologista Bruna Zuchetti, ao dizer que o Brasil não está atrás dos países mais desenvolvidos no tratamento deste tipo de câncer, apesar de deixar claro que esta avaliação não leva em conta o sistema público.
“Não ficamos para trás em relação a novas tecnologias para o combate à doença, o que temos aqui, existe em todos os lugares do mundo”, relatou. Bruna afirmou ainda que a reconstrução mamária pode significar um processo menos mórbido para o enfrentamento da doença.
Aqui, acesso à íntegra do seminário promovido pela Folha de S. Paulo
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Melyssa Kell
Veja mais matéria sobre Destaque

Preço do tomate afeta custo da cesta básica em Campinas
Consumidores mudam hábitos alimentares para adequar situação orçamentária, dizem comerciantes

Emdec testa tecnologia em 25 semáforos sonoros em Campinas
Proposta é ampliar a autonomia de deficientes visuais em seus trajetos; prefeitura já distribuiu 100 tags

Intercom Sudeste termina em clima de festa na PUC-Campinas
O Intercom Sudeste, encontro de pesquisadores e estudantes de comunicação sediado pela PUC-Campinas em 2025, terminou neste sábado, 17/05.

Galinha Pintadinha cisca no quintal do Intercom Sudeste
O criador da série animada infantil “Galinha Pintadinha”, Juliano Prado, compartilhou a trajetória do desenho brasileiro.

Inteligência Artificial auxilia na criação musical
O produtor e DJ Marcio Claver apresentou ferramentas que auxiliam no processo de criação em projetos sonoros e de podcasts.

Pesquisadores se reúnem para repensar a comunicação
A tarde foi marcada pela apresentação dos Grupos de Trabalho (GT’s) participantes do segundo dia de Intercom Sudeste 2025.