Segundo o idealizador Arnaldo Salvetti, os eventos semanais geram por volta de três mil empregos

Por: Daniela Andrade 

As Feiras Noturnas ‘pegaram’ em Campinas e elas tem características diferentes das feiras diurnas que estão ficando cada vez mais escassas e menores. As Noturnas acontecem de terça a sexta das 17:00 até as 22:00 em diversos bairros da cidade de Campinas, e são opção para quem busca entretenimento e alimentação. O forte é a gastronomia, pois conta com várias opções como hamburguerias, cervejarias, docerias, espetarias, salgaderias, doguerias, hortifrutis, rotisserias, e as tradicionais pastelarias. [Feira sem pastel não é feira]. A ideia teve boa aceitação, e em pouco tempo cresceu, hoje são 34 pontos de feiras noturnas em 32 bairros de Campinas.

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As feiras noturnas chegaram a Campinas em 2019 com objetivo de movimentar a economia da cidade e gerar renda a população, e tem expandido desde então. Rumo contrário foi tomado pelas feiras diurnas que tem deixando de existir por poucos frequentadores. Muitos feirantes estavam deixando de realiza-las, e tinham pontos que chegaram a ter apenas três barracas. A abertura de muitos varejões por toda a cidade explicam a decadência das feiras diurnas.

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Antes da pandemia, a feira já havia se tornado destaque por conta da variedade de barracas ser superior à de feiras diurnas e pelo horário que tem agradado a população, e com a suspensão muitas pessoas sentiram falta e aguardavam ansiosos pela retomada das atividades. Com a volta da autorização do consumo no local tanto jovens quanto familiares buscam sair ao ar livre para jantar e lanchar.

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André Luis, de 33 anos, ainda não conhecia a feira, ele costumava ir a shoppings e restaurantes para passear com a família. Com o retorno do comércio ele optou em conhecer a feira por ser um local aberto.  “Com o Corona vírus eu tenho medo de ir em locais fechados, conheci a feira há três semanas com minha esposa e meu filho e é o único lugar em que estamos saindo pra passear, acredito que seja um pouco menos perigoso por ser ao ar livre, é próximo de casa e ainda compramos de empreendedores locais”. 

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Para Matheus Stefanel, que frequenta semanalmente a feira do bairro Nova Europa desde o começo, é uma ótima opção de lazer para após um dia de trabalho e sempre combina de ir com seus amigos. Renato Ribeiro, não abre mão de ir tomar um bom chopp com música ao vivo. Hilton Souza conheceu a feira há pouco tempo a convite de amigos e também já pegou gosto pela diversidade de opções gastronômicas.

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O feirante e empreendedor Mateus Dias, possui uma barraca de balas de coco chamada “Balas de Coco do Mateus”, ele e a esposa Patrícia Dias participam de diversas feiras há quatro anos, e atualmente de uma feira noturna na praça do Tancredão, no bairro Jardim Novo Campos Elíseos.

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Dias acredita que as feiras noturnas estão tendo mais popularidade por conta da organização que é mais moderna e investe muito mais em marketing, propaganda e publicidade, enquanto os organizadores das diurnas são mais conservadores e não investem em divulgação.

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Com o início da suspensão devido a pandemia, Dias inovou e apostou em vender as balas por delivery via redes sociais e acabou dando certo durante a quarentena, com o retorno da feira pós pandemia, eles acham que o movimento caiu bastante, mas está melhorando a cada semana. 

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Além de barracas de comida, a feira também conta com barracas de acessórios, roupas, calçados e brinquedos. Os locais e dias em que as feiras noturnas acontecem estão disponíveis no site da Setec.

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O idealizador do projeto, o vereador Arnaldo Salvetti destaca a importância das feiras para Campinas: “é um empreendedorismo que gera além do emprego do feirante, outros empregos ali na região. Você tá gerando emprego para o músico que toca na feira, gera emprego para aqueles que instalam o brinquedo para as crianças, movimenta o comércio onde acontece a feira, e traz para o bairro o entretenimento e a socialização das pessoas de novo”, afirma Salvetti.

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Confira a íntegra da entrevista realizada com o vereador.

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Orientação e edição: Prof. Adauto Molck