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“Artistes” debatem e apresentam movimento que se contrapõe à Semana de Arte Moderna, de 1922
Por: Stefani Pereira
“Artistes” de diferentes linguagens e convidados se reuniram na noite da última quinta-feira (26) no bate-papo “Arte Transviada: Legitimidade, Vanguarda e Circulação dos Afetos” no Sesc Campinas, que debateu o movimento cultural que dá origem a Semana de ArteTransviada, que emerge da articulação e da movimentação artística de pessoas e “corpas” frequentemente “inviabilizades” pela sociedade.
A Semana de ArteTransviada, que tem data prevista para acontecer em agosto deste ano, contará com uma agenda de duas semanas de manifestações artísticas nas cidades de Campinas e Sorocaba, em locais que ainda serão divulgados pela organização do evento, na qual “artistes” socialmente “marginalizades” exibirão suas artes neste evento que pretende, além de legitimar seus autores, considerando suas subjetividades e suas vivências, se contrapor ao sistema normativo e binário de gênero imposto pela sociedade que consequentemente se reflete na história da arte mundial e de quem e para quem se produz. De acordo com o idealizador do projeto e produtor geral, Paul Parra, o termo “Arte Transviada” surge da ideia de “transviar”, ultrapassar uma via, algo que já foi proposto, e no caso da arte, ele comenta que o padrão se resumiu a um modo acadêmico e elitista de estudos, majoritariamente cisgênero que retrata somente o olhar e a vida de pessoas cis.
Ainda de acordo com Parra, por isso, a Semana de Arte Transviada se contrapõe a Semana de Arte Moderna justamente no ano em que se comemora o seu centenário, pois traz a reflexão sobre demais existências e subjetividades diante de um acontecimento considerado um marco histórico para as belas artes do Brasil, uma vez que buscava se aproximar da cultura popular; mas que, após 100 anos, ainda não contempla a pluralidade de sua proposta.
Os locais de realização do evento também desejam descentralizar a arte da capital paulista, ao contrário da Semana de 22. O intuito é viabilizar o interior do estado e “us” “artistes” que vivem nessas cidades. Participaram do bate-papo ainda, a atriz e escritora Helena Agalenéa como mediadora, a produtora cultural e multiartista Akira Avalanx que contou suas vivências como pioneira da cultura Ballroom na cidade de Campinas e da dançarina e produtora Eshiley Haughton. O bate-papo foi uma realização do Sesc Campinas, do Núcleo Ponte e da Bons Ventos Cultura.
Confira alguns “dus” “artistes” da Semana de Arte Transviada no vídeo abaixo:
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: André Romero
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