Destaque
Opinião é de professores da PUC-Campinas, que participaram de evento promovido pela Faculdade de Jornalismo
Por: Pedro Valota e Rafael Ribeiro
As causas e os desdobramentos da invasão russa na Ucrânia foi o tema do debate “Guerra e paz: história e relações internacionais no longo século XX”, na noite desta quinta-feira (28), no campus I da PUC-Campinas. Participaram do evento a professora Kelly Ferreira, diretora adjunta da Faculdade de Relações Internacionais, do Centro de Economia e Administração (CEA) e o historiador Lindener Pareto Jr, docente de História Contemporânea do Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CCHSA). Pela manhã, o jornalista Alberto Gaspar Filho, da TV Cultura, analisou as mudanças da atividade jornalística na cobertura de conflitos internacionais.
Apesar das fortes reações na Europa e Estados Unidos contra a guerra, que completa 65 dias, não há indícios do seu término, analisam os docentes. Na opinião dos especialistas, há muitas variáveis relacionadas diretamente ao conflito, que dificultam prever como será seu desfecho e nem quando ele acontecerá. “O equilíbrio de poder para acabar com a guerra é extremamente difícil”, analisa a diretora adjunta da Faculdade de Relações Internacionais. Pareto concordou com a docente. “Não dá para prever um final para esta guerra”, disse.
Segundo o professor Pareto, apesar da guerra entre os países existir desde o século 20, o conflito que ocorre atualmente tem um novo viés. “Putin representa uma Rússia diferente daquela do século passado. Ele simboliza uma Rússia mais capitalista”, afirmou. O professor aponta que desde a Revolução Francesa a guerra é algo recorrente na história da humanidade. “A guerra nunca acabou”, disse.
Para a diretora Adjunta da Faculdade de Relações Internacionais, a guerra entre Rússia e Ucrânia repercute no mundo inteiro. “Desde que ela começou, Rússia e China tentam se reafirmar como países ‘fortes’, já que foram suprimidas no contexto histórico após os Estados Unidos se potencializarem. A Rússia acredita que, por ter sido oprimida, agora será a opressora, principalmente na forma militar”, analisa.
Durante a palestra, o historiador analisou a guerra de informação entre os países eslavos, apontando que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz uso das redes sociais como uma de suas principais armas. Já na Rússia, os veículos de comunicação são controlados pelo Kremlin.
Os docentes discutiram várias questões diretamente relacionados ao conflito, como a reação dos Estados Unidos e vários países europeus à guerra, a resistência do líder russo ao movimento da Ucrânia de aproximação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e os protestos do presidente Volodymyr Zelensky contra os avanços das tropas de Putin, entre outros. O evento foi promovido pela Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas.
Orientação: Profa. Cecília Toledo
Edição: Oscar Nucci
Veja mais matéria sobre Destaque
Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública
Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo
Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física
Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas
Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica
Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa
Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas
São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas
Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024
Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade
Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata
Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino