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Objetivo do projeto é chamar a atenção da população para questões da Primeira Infância
Por Melyssa Kell

Campinas é uma das dez cidades que participam do projeto fomentado pela RedeUrban95, uma organização internacional voltada para as questões da Primeira Infância, que visa pensar e criar políticas públicas baseadas nas concepções de gestantes, cuidadores e crianças de até 6 anos. O projeto trabalha por meio de intervenções urbanas para chamar atenção da sociedade sobre a importância de priorizar o debate sobre esse período da vida das crianças.
Para Thiago Ferrari, coordenador da PIC (Primeira Infância Campineira), todos somos responsáveis pelas crianças de nosso círculo social. “Quando a gente fala de Primeira Infância, a gente está falando de criança e quando a gente fala de criança, a gente tem que falar também de quem cuida dessa criança. É gente cuidando de gente”, afirma. “Somos todos cuidadores em potencial e auxiliadores dos cuidadores”.

O projeto da RedeUrban95 propõe a realização de diagnósticos locais sobre o que mães, cuidadores e crianças pensam a respeito do planejamento urbano e do acesso do público infantil a locais de circulação comum, na cidade. De acordo com a psicopedagoga clínica Taina Baroza, a perspectiva dos cuidadores é essencial para construção de uma linha de raciocínio de maneira que se possa compreender os aspectos que forjam o caráter da criança. “Eles [os cuidadores] trazem suas perspectivas em relação ao desenvolvimento da criança, se houve algum problema na gravidez ou não e isso também interfere no desenvolvimento cognitivo”, explica a psicopedagoga.
Crediane Santana Correia, gestante de 31 semanas, acha importante a locomoção dentro do transporte público para que todos tenham acesso sem dificuldades. Ela também defende o conforto da criança em espaços públicos. “As ações necessárias que acho que precisam ser tomadas para que as crianças se sintam bem em espaços públicos é o respeito no local, e saber que estamos lidando com crianças, para que elas se sintam bem”, explica.
Na opinião do coordenador da PIC, é importante estar atento às necessidades das crianças e cuidadores. “Precisamos pensar também em criar ações práticas e concretas dentro da nossa cidade, como mobilizar a escola, o centro de saúde e toda comunidade ao entorno daquela criança e daquele cuidador”, afirma. Para ele, o debate e a reflexão são importantes para que a cidade ofereça às crianças uma infância saudável e afetiva.
Orientação: Profª Ciça Toledo
Edição: Letícia Almeida
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