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Ferramenta em fase de teste pela Uberem Campinas, tenta diminuir reclamações no setor
Por Isabela Nicomedes
A Uber, maior plataforma de motoristas no país, lançou no mês passado a ferramenta ‘Uber Prioridade’, como forma dos passageiros conseguirem buscar as viagens mais rápido. Para isso, irá precisar pagar, em média, 20% a mais do valor da corrida para usar o serviço sem muita demora. De acordo com a Uber, a ferramenta ainda é apenas para a região central da cidade, que é onde a espera está sendo maior nas últimas semanas.

Usuários dos aplicativos de transportes relatam problemas na hora de buscarem realizar corridas com as plataformas digitais, pois muitos usam o serviço como desafogo rápido sem complicação para fazerem trajetos do dia a dia. Mas isso não está mais sendo tão vantajoso, dificuldades em achar motoristas, bastante demora na aceitação das corridas, e também, o alto preço cobrado por viagem são alguns exemplos que geram a insatisfação nos passageiros. Isso faz, por exemplo, a marca Uber acumular mais de 24 mil reclamações apenas nos últimos seis meses. Com o gráfico de evolução não saindo da categoria de empresa ‘Não Recomendada’.
Situações desagradáveis são recorrentes na utilização do serviço. O analista de dados, Maurício Ribeiro, criou a estratégia de ter mais de um aplicativo desse serviço em seu celular, pois assim, não depende apenas de uma plataforma. “Só que mesmo assim, a gente fica a deriva”, reclama. Além da demora em achar um motorista que aceite a corrida, esses são os problemas que mais afetam o usuário na hora de tentar realizar alguma viagem.

Como solução, Maurício entende o lado de quem depende dessa renda e responsabiliza as empresas por tais problemas. “É a falta de incentivo dos aplicativos para com os motoristas”, diz. De acordo com o gerente administrativo, mas que atualmente está desempregado na área e trabalha como motorista de aplicativo, Andrelino Dozinete, a reclamação que mais observa dos passageiros é a demora em achar um carro, e relata que as pessoas estão preferindo voltar a usar os táxis em vez das plataformas. “A gente não pode fazer nada, a gente tem que fazer contas”, afirma.
O principal fator que atinge quem trabalha e depende desse serviço é a alta dos combustíveis em todo o Brasil. Com o reajuste da Petrobrás no fim do mês de outubro, segundo a estatal, o preço da gasolina nas bombas aumentou R$0,15 por litro, enquanto o diesel, R$ 0,24. Isso desmotiva o trabalhador informal a continuar. “Hoje, uma corrida curta é R$ 3,75, com o álcool a R$ 5,00”, diz Andrelino reclamando do ganho que hoje em dia esse trabalho oferece. Além do desconto da plataforma que pode chegar a quase 50% no valor total da corrida.
Suportes não presenciais disponibilizados pelas empresas não dão retorno, segundo Andrelino. Em Campinas há escritórios da plataforma Uber que auxiliam na solução dos problemas, isso é o que ajudam os motoristas. “Me sinto vulnerável nessa situação, (…), sinceramente é frustrante, eu não vejo solução”, reclama o motorista.
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: Alanis Mancini
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