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Vídeos que incentivam o consumo sustentável ganham cada vez mais visibilidade nas redes sociais e popularizam compras em brechós
Por Júlia Rodrigues Felix
O consumo consciente tem se popularizado entre pessoas de todas as idades atrelando a compra de peças únicas e com valores atraentes. As redes sociais passaram a ser grandes propulsoras nesse cenário e já despertam o interesse de muitos em combinar o consumo sustentável ao vestuário. A hashtag #LookSustentável já alcança 52,8 milhões de visualizações na rede social Tiktok (dados disponibilizados pelo aplicativo no dia 23/11/21) e foi criada e incentivada pela própria plataforma.
Ao acessar a rede é fácil encontrar diversos conteúdos relacionados a esse universo, como: tours por brechós, exposição de produtos adquiridos por compradores que ostentam o fato de pagar barato por peças consideradas em ótimo estado. A visibilidade que as redes promovem aos perfis que nelas produzem conteúdo passou a incentivar donos de lojas, e claro, de brechós, a divulgarem suas peças na plataforma. “As redes sociais ajudam muito e influenciam as pessoas a comprarem. O TikTok influenciou muitas pessoas a seguirem nós no Instagram, já que é uma rede que com pouco esforço você alcança muitas contas”, relata Julia Borges, dona do JB Brechó, em Campinas, que produz conteúdos sobre os garimpos, por meio de trends que estão rendendo sucesso na plataforma. Ela ainda conta que é muito gratificante perceber que cada vez mais pessoas passaram a ter consciência dos produtos de qualidade, independente serem usados ou não.
Não é à toa que a expressão “garimpar” é usada entre os adeptos dos brechós. O que seria um termo originalmente usado na mineração, de procurar, explorar, escavar relíquias, é muito comum ser utilizada no vocabulário de apreciadores para descrever os verdadeiros tesouros que se pode encontrar nesses brechós. “Praticamente todo mês eu tiro um dia para garimpar no brechó que costumo frequentar e, normalmente, sempre volto pra casa muito satisfeita com alguma peça diferente, com a minha cara e que paguei um absurdo de barato”, relata Maria Júlia Rodrigues. Ela menciona também que a maioria das peças de seu guarda-roupa, e de sua casa, são artigos de reuso.
Segundo a pesquisa do Ibope, realizada em 2020, encomendada pelo site e aplicativo de venda de produtos usados OLX, 38% dos brasileiros entrevistados possuem itens encostados em casa que poderiam ser comercializados. Com isso, algumas pessoas passaram a enxergar o mundo dos itens usados também como uma possibilidade viável de fonte de renda. Foi exatamente o que fez Daniele de Fraga, consumidora assídua de peças de segunda mão que passou de apenas consumidora para também comercializar seus desapegos online. “Eu sempre frequentei e gostei dessa questão do reuso porque acho um desperdício roupas novas serem descartadas. Depois que eu tive meu primeiro filho, eu comecei a vender alguns desapegos dele, pela internet mesmo, mas isso de forma descompromissada”, contou. Com a pandemia de Covid-19, Daniele conta que foi o principal impulso que precisava para iniciar suas próprias vendas online. “A partir da pandemia, mudou a questão financeira de muitas pessoas. Então, eu comecei a trabalhar com isso, revendendo essas peças e hoje tenho loja no Enjoei, no Marketplace e na Shopee”. Ela ainda reitera que expandiu os negócios além das peças de roupa. “Hoje eu vendo tudo aquilo que eu acho viável que eu considero que tem um bom valor agregado e em bom estado, tudo isso de forma online”, falou.
Orientação: Profª Amanda Artioli
Edição: Letícia Almeida
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