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Visita à EsPCEx ocorreu quinta (28) e recebeu jornalistas e estudantes da região de Campinas e da capital paulista

Por Ariane de Lacerda, Kellen Aniceto e Luiz Oliveira
O Comando Militar do Sudeste (CMSE) promoveu quinta (28) um encontro de jornalistas e estudantes da área na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas. Os alunos da PUC foram recepcionados pelo 1º Tenente Douglas Fonseca, às 9h, na Escola de Cadetes e seguiram por um tour de visitação pelas instalações da instituição, considerada uma das 7 maravilhas de Campinas. O programa “Conheça seu exército” tem o intuito de estreitar relações entre os militares e os profissionais da comunicação.

Formado pela Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, o 1º Tenente Douglas Fonseca, que há 4 anos atua como profissional de comunicação da EsPCEx, conversou com os alunos da Pontifícia sobre os desafios de atuar como jornalista na carreira militar e destacou a gratificação que o cargo lhe concedeu. “Estar na Força Terrestre e poder servir ao país, dentro também da nossa área de formação é gratificante e nos estimula a sempre buscar o aprimoramento profissional”, diz Douglas. O tenente acompanhou os alunos durante toda a visita, contou a história da Casa Rosa do Exército Brasileiro em terras campineiras e apresentou os armamentos da 11º Brigada de Infantaria Leve.
O Coronel Neuvald, subcomandante da Escola de Cadetes, deu início a primeira palestra do dia, relatando a importância da relação entre o Exército Brasileiro e os profissionais do jornalismo. Trabalhando na área de comunicação social do exército, o Major Matheus Barbosa deu continuidade a palestra, falando sobre a história da casa que abriga a Escola de Cadetes e sobre o concurso público para ingresso na EsPCEx e nas demais carreiras militares.

Após o almoço, os profissionais e estudantes de jornalismo foram encaminhados à área da 11º Brigada de Infantaria Leve, comando que cuida da manutenção da paz e ordem em território nacional. A rápida palestra, exposta pelo Major André Michels, introduziu os presentes na história da unidade, mostrou as possibilidades e capacidades da Brigada de Infantaria Leve e apresentou o Centro de Operações Urbanas. O major, que é subcomandante do 23º Batalhão de Infantaria Leve, mencionou ainda a mudança que deve ocorrer no próximo ano. “A partir de 1 de janeiro de 2022 passaremos a ser o 28º Batalhão de Infantaria Mecanizada, diante da nova reestruturação do exército”, conta o major. Passada a apresentação, os profissionais e estudantes tiveram a chance de ver de perto uma demonstração de ataque, organizada pelos militares do centro.
Os alunos puderam visitar algumas das áreas privadas da escola, onde normalmente não é permitido o acesso de civis, dentre eles: o Salão Carlos Gomes que chama a atenção pela imponência e beleza, trazendo verdadeiras relíquias da história de Campinas e do Exército Brasileiro; uma réplica da espada de Duque de Caxias e um lustre doado pela prefeitura de Campinas que é mantido no salão nobre da Escola.

As mulheres na Escola de Cadetes
Um dos locais visitados pelos jornalistas foi o dormitório feminino da Escola. A ala recém-inaugurada foi criada em 2017 para servir a necessidade proveniente da entrada de mulheres na EsPCEx. Foi somente após 77 anos de existência que a escola recebeu a primeira turma feminina, composta por 32 mulheres. A turma feminina de 2017 da EsPCEx se forma este ano na Academia Militar das Agulhas Negras no Rio de Janeiro.
Apesar desse avanço no que diz respeito à presença da mulher na instituição, apenas 40 vagas são destinadas a elas, o que representa 9% dentre as oportunidades oferecidas ao público. Os homens representam ainda a maioria absoluta na Escola de Cadetes de Campinas, o que justifica a escassa presença de mulheres nos altos cargos do Exército Brasileiro.

Além do baixo número de vagas, a concorrência entre as mulheres é bem mais expressiva do que no sexo masculino, como conta o Major Matheus Barbosa. “A concorrência feminina é muito mais alta do que todas as faculdades que temos no país”, explica ele. “250 candidatas disputam anualmente por 1 vaga na Escola de Cadetes”, diz o major, o que dificulta ainda mais a representatividade feminina na instituição.
O concurso para elas é composto por quatro etapas, como o de todos os candidatos. Porém, o exame de aptidão física é aplicado de forma diferente, visando “respeitar a condição biológica feminina”, segundo o Major Matheus. Dessa forma, as atividades femininas na Escola são mais “leves”, concentrando o esforço maior nos alunos homens. Contudo, explica que as alunas não aceitam facilmente essa realidade, e reivindicam igualdade nos exercícios. “Muitas vezes nas atividades, as mulheres conseguem se superar, e ultrapassam os homens. Isso gera uma maior disposição e proporciona uma boa competitividade entre os cadetes”, diz ele.
Orientação: Profª Amanda Artioli
Edição: Luiz Oliveira
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