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Lançada ontem, a Ajor congrega organizações independentes que atuam no meio digital
Por: Júlio Afonso
Em live transmitida nesta quinta (10) pelo Youtube, foi oficialmente lançada uma nova entidade para congregar empresas e profissionais de jornalismo independente, praticado via internet. Trata-se da Ajor – Associação de Jornalismo Digital (Ajor), que já nasceu com 30 adesões de projetos digitais bem sucedidos, como as instituições Nexo, Congresso em Foco, Meio, Ponte Jornalismo, Repórter Brasil e o portal Jota, especializado na cobertura do sistema judiciário.
O lançamento da Ajor contou com a participação do veterano professor Rosental Calmon Alves, pesquisador do Knight Center for Journalism in the Americas e docente na Universidade do Texas, em Austin (EUA). Outros nove integrantes de organizações jornalísticas já associadas à nova entidade também participaram do lançamento.
Segundo informaram, a nova instituição tem como objetivo promover a união, a diversidade de conteúdos e instigar pautas de interesse social entre os associados, que juntos idealizaram o estatuto, que foi construído e desenvolvido por todos os integrantes. Entre os associados, há organizações não governamentais, empresas comerciais, portais noticiosos, podcasts, agências de notícia e checagem de fatos e outras instituições de mídia.
“A Ajor é uma construção de empresas comprometidas com valores, de lugares diferentes do Brasil, com modelos de negócios diferentes e lideradas por pessoas dos mais diversos e diferentes contextos, experiências e locais do país”, disse Natália Viana, diretora da Agência Pública de notícias e primeira presidente da nova entidade.
Segundo afirmou o professor Rosental Alves, a Ajor tem entre seus princípios a defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão. No mesmo sentido, a entidade busca a inclusão e a diversidade nos seus procedimentos, com atenção especial em representatividade de grupos sociais historicamente invisibilizados, como mulheres, negros, indígenas, LGBTQI+ e populações de favelas, comunidades e periferias.
Segundo disseram os participantes do evento, a imprensa tradicional não alcança os bairros periféricos, o que a leva a não incorporar suas demandas e necessidades imediatas, ou mesmo a divulgação de atividades culturais e de reivindicações especificas. A direção da Ajor se propõe a dar vez e voz às comunidades e favelas para que alcancem outro patamar de inclusão social.
“Estar aqui, podendo falar de favela, junto com todas as outras associações tão distintas de nós… Eu acredito que essa nossa diferença é o que nos engrandece”, afirmou a jornalista Daniela Moura, editora chefe do portal Maré de Notícias, organização sediada no Rio de Janeiro.
“Eu acredito nos valores da Ajor e na proteção do jornalismo, que hoje está em risco e ameaçado. Não só os jornalistas, mas também a indústria, onde existe um ambiente de hostilidade. A Ajor chegou em boa hora para somar com as forças que já existem e que tentam conter esses avanços antidemocratismos contra a nossa profissão”, destacou a jornalista Tai Nalon, diretora-executiva da agência de checagem de notícias Aos Fatos, empresa fundada em 2015.
Durante a live, o conselho deliberativo e executivo da Ajor procurou destacar que existe um ecossistema de jornalismo digital no Brasil em constante ampliação e diversidade. A entidade surge – segundo ressaltaram – com a missão de associar, organizar e promover a troca de experiências neste novo cenário midiático.
Aqui, acesso à live de lançamento da Ajor
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Oscar Nucci
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