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Médico Petrus Raulino explica sinais da doença, como pensamento de morte e alteração do sono
Por Natália Velosa
Novembro Azul, mês da conscientização do câncer de próstata, também alerta para outro problema de saúde, a mental, pela possibilidade do homem ter depressão. O alerta é do psiquiatra Petrus Raulino, responsável pelo Serviços de Interconsulta em Psiquiatria do Vera Cruz Hospital, ao explicar que a depressão é até três vezes mais frequente em quem foi diagnosticado com a doença.
Geralmente, o paciente sofre episódios de transtorno de humor, que pode acarretar em quadro de ansiedade e/ou depressão. Segundo Raulino, a depressão interfere negativamente nos resultados de sobrevivência oncológica, além de aumentar os custos de tratamento com atendimentos de emergência e hospitalizações.
O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte entre os homens, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). As pesquisas indicam que a cada 41 homens, um morrerá com a doença. A estimativa é que entre 2020/2022, sejam diagnosticados 65.840 novos casos, apenas no Brasil, o que corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens.
Para Petrus Raulino, o medo decorrente de um diagnóstico de câncer e das incertezas do tratamento, muitas vezes, fazem com que o homem tenha receio de perder a masculinidade, de ficar impotente. “O homem com depressão pode perder a oportunidade de usar os melhores recursos para sua saúde”, relatou.
A ansiedade pode ser desenvolvida ao saber que se está com a doença e pode ser percebida através de sintomas físicos, como palpitação, aperto no peito, falta de ar, formigamento, tremores, tontura, tensão muscular e alteração do hábito intestinal. Já a depressão está ligada ao rebaixamento do humor, da energia, da capacidade de vivenciar situações prazerosas. “Pode haver queda da concentração, pessimismo, alteração do sono, alteração do apetite ou até mesmo pensamentos de morte”, descreve o médico.
O tratamento pode incluir estratégias farmacológicas, com o uso de medicamentos, e não farmacológicas, com psicoterapia e um programa de atividade física, meditação e práticas alimentares. “O tratamento busca a melhora de aspectos biológicos do organismo que possam servir de proteção a favor da saúde do paciente”, concluiu.
Orientação Profa. Rose Bars
Edição: Thiago Vieira
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