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Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino
Por Caique Amorim
Novembro é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, uma doença que afeta a maioria dos homens, especialmente aqueles acima dos 45 anos. A campanha Novembro Azul visa informar e alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Pedro Carlos Pocciotti, de 79 anos, é um exemplo de superação. Ele recebeu o diagnóstico de câncer há cerca de 12 anos. “Foi muito difícil de assimilar, pois embora ciente de que poderia acontecer em razão de riscos esperados de hereditariedade e a morte do meu pai por essa doença, a descoberta de um câncer agressivo sempre é traumática”, relembra. O tratamento escolhido por Pedro foi a extração radical da próstata e com o tratamento bem-sucedido, agora faz acompanhamento regular.
A história de Pedro também destaca a importância da hereditariedade no risco de desenvolver câncer de próstata. A enfermeira geneticista e oncológica, Bianca Silva Duque, explica que ter um histórico familiar aumenta as chances de um homem ser diagnosticado com a doença.

“Homens com parentes de primeiro grau que tiveram câncer de próstata têm um risco significativamente aumentado de desenvolvê-lo. Além disso, as mutações genéticas herdadas podem afetar não apenas a probabilidade de desenvolver a doença, mas também a agressividade do tumor, impactando as decisões de rastreamento e tratamento,” explica.
De acordo com a especialista, espera-se inovações no tratamento do câncer de próstata, especialmente na área da genética nos próximos cinco a dez anos. “Os avanços na compreensão da biologia molecular dessa doença está permitindo o desenvolvimento de tratamentos personalizados que focam em mutações específicas de tumores. O sequenciamento genético poderá orientar as escolhas terapêuticas, resultando em tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais”, comenta Bianca.
A profissional ainda ressalta que, houve sim mudanças na percepção do câncer na forma de como os homens vêm buscando mais ajuda. Para ela, isso tem resultado em um aumento na procura por consultas e exames, o que acaba refletindo uma atitude mais proativa em relação à saúde. Pedro Carlos, reafirma, “minha visão sobre a saúde mudou no sentido de estar sempre vigilante aos exames médicos de rotina e em busca de soluções imediatas.”
Para complementar essa discussão, o urologista João Caprini enfatiza como o câncer pode ser evitado, sem levar em consideração fatores de riscos relacionados à carga genética, que não pode ser evitada. “Ter um estilo de vida com hábitos saudáveis é fundamental para a prevenção do câncer de próstata, isso inclui prática diária de atividade física, alimentação equilibrada, rica em fibras e com diminuição de gordura trans (origem animal), evitar maus hábitos como consumo de álcool e tabagismo e realizar avaliações e exames médicos de rotina”, recomenda o urologista.
Orientação: Profa. Karla Ehrenberg
Edição: Bianca Freitas
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