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Projeto solidário conta com apoio de voluntários e estabelecimentos na cidade
Por: Diego Linardo Filho

Em meio ao caos, o Brasil se mobilizou diante da causa vivida no Sul do país. Cidades do interior e grandes capitais se uniram em prol da arrecadação de mantimentos e valores para os desabrigados. Piracicaba, no interior de São Paulo, testemunha uma onda de solidariedade com o projeto “Exército de Formiguinhas”, liderado pela Diocese de Piracicaba, que já coletou mais de 454 toneladas de doações para ajudar desabrigados no Rio Grande do Sul. As doações, que incluem produtos de higiene, roupas, alimentos, brinquedos, rações para animais e água, são organizadas por voluntários e garotos do tiro de guerra e transportadas por caminhões para as áreas necessitadas.

“Lançamos a campanha no sábado à tarde, e começamos a receber doações na segunda feira. No primeiro dia chegou mais de 10 toneladas! Um absurdo, cada vez mais doações chegam, é algo lindo de presenciar e comandar.”, exaltou Débora Ferraz líder do projeto solidário.
Na semana do dia 27 de abril de 2024, começava um dos maiores desastres vivenciados no sul do Brasil. A aparição dos primeiros temporais na região começava a preocupar os moradores que infelizmente, já haviam passado pela semelhante situação em 2023 onde regiões isoladas sofreram os impactos causados pelas fortes chuvas. A tragédia teve início no dia 29, quando foi decretado pelo Inmet o alerta vermelho de elevado volume de chuva para todo o estado.
No momento sabe-se que 93% das cidades no Rio Grande do Sul foram afetadas pelas fortes chuvas segundo divulgado pela Defesa Civil nesta segunda feira (20), contabilizando um total de 464 municípios onde pessoas tiveram que sair de suas casas devido as inundações para serem deslocadas a abrigos próximos que foram improvisados para a situação de calamidade vivenciada. As primeiras mortes confirmadas no dia 30 de abril alarmaram a população de todo o país, preparando uma mobilização para que fosse contido o número de mortos. Infelizmente até o presente momento foram constatadas 157 mortes e 85 pessoas desaparecidas.

Os voluntários exaltam a necessidade de braços fortes para a ajuda em correntes de carregamento de mantimentos, e dentre os principais os jovens serventes ao tiro de guerra preenchem a maioria das ocupações voluntárias. Além da iniciativa, a organização para que o projeto não fique desamparado também foi pensada de maneira detalhada, como conta o atirador e voluntário Matheus Rabelo Kallajian. “O TG ajuda como instituição colaboradora, no recebimento, triagem e carregamento. Os atiradores voluntários participam trabalhando o tempo que eles podem disponibilizar para realizar trabalhos voluntários, e são estimulados a realizarem essas atividades.” explica o voluntario.

E quanto aos itens que podem ser doados e os que mais são necessários no momento da arrecadação, Matheus conta quais as urgências na arrecadação. “Recebemos de tudo lá, itens de higiene, produtos de limpeza, cesta básica, colchões, roupas, recebem de tudo. O mais urgente, são roupas num primeiro momento e alimentos, num segundo momento.” enfatizou o atirador.
Dentre os pontos de arrecadações o aeroporto da cidade, onde são levadas as doações por aviões cedidos pelas empresas sediadas nos hangares do empreendimento. “Temos a informação de que eles estão precisando, principalmente, de água, agasalhos, cobertores, leite, ração para cães e gatos e alimentos no geral”, explica o diretor do aeroporto, Marcelo Soffner. Os itens que podem ser doados são: alimentos não perecíveis, água potável, produtos de higiene pessoal, roupas, cobertores e materiais de limpeza. Os produtos e alimentos devem ser deixados na sede administrativa do aeroporto, que fica na Avenida Comendador Pedro Morganti, s/n, no bairro Monte Alegre.
Novo ponto de doação agora se encontra também na Avenida Luciano Guidotti, 1446, no bairro Higienópolis, ao lado do cemitério Ressurreição. O horário de funcionamento é de segunda-feira a sábado, das 8h às 17h.
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: Giovanna Sottero
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