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A arquitetura e história do lugar chamam a atenção de turistas durante todo o ano
Por: Marília Coimbra
No coração do Chapadão, em Campinas, ergue-se a majestosa Paróquia Nossa Senhora do Rosário, um ícone do turismo religioso na cidade. Fundada em 1817, a igreja testemunhou não apenas a devoção fervorosa dos fiéis, mas também as mudanças arquitetônicas ao longo dos anos.
Reformada, demolida e finalmente reerguida com o apoio apaixonado da comunidade campineira, a igreja é um exemplo de resiliência e fé. Com uma arquitetura imponente que remonta aos tempos imperiais, a igreja foi originalmente concebida para agradar a Dom Pedro II durante sua visita. Atualmente, sua parte histórica e estrutural, como seus vitrais deslumbrantes, altares ricamente decorados e grandes imagens de santas e santos continuam a atrair visitantes, proporcionando uma experiência espiritual única aos que a frequentam.
A Paróquia realiza missas todos os dias nos horários das 7h e as 19h de segunda a sexta, as 7h e 16h aos sábados e as 7h30, 10h, 17h e 19h aos domingos, garantindo assim que visitantes e pessoas da comunidade tenham acesso a uma experiência completa.
HISTÓRIA DA IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO CAMPINAS
No final do século XVIII, após Campinas ser elevada à condição de Vila em 1797, surgiu a ideia de construir uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário. O padre Antônio Joaquim Teixeira liderou o projeto com o apoio da família Teixeira Nogueira. Inaugurada em 1817, a igreja, inicialmente feita de pau a pique, passou por várias transformações ao longo dos anos. No ano de 1847, foi temporariamente transformada em matriz provisória durante uma visita de Dom Pedro II, tornando-se um local para eventos públicos.
Em 1870, as autoridades católicas decidiram dividir a paróquia em duas partes: uma ao norte, chamada Santa Cruz de Campinas, com sede na Matriz Velha, e outra ao sul, denominada Nossa Senhora da Conceição, com sede na Igreja do Rosário, enquanto a construção da Matriz Nova estava em andamento.
Após divisão da paróquia, a igreja passou por reformas frequentes, incluindo a demolição das torres em 1887. Em 1907, os Padres Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria assumiram a administração, iniciando uma série de melhorias, onde a decoração interior foi confiada ao artista austríaco Thomaz Sheutel, cujo estilo Beuron, influenciado por diversas correntes artísticas, conferiu à igreja uma beleza harmoniosa e marcante.
Na década de 1920, Campinas passou por uma diversificação econômica e industrial, levando a um novo padrão de urbanização, onde surgiram propostas de remodelação urbana, focadas no aumento do uso de automóveis. Em 1931, uma Comissão de Urbanismo foi criada, liderada pelo engenheiro Francisco Prestes Maia. O plano resultante, aprovado em 1938, incluiu a abertura de avenidas e demolições, incluindo a controversa demolição da Igreja do Rosário.
As obras começaram lentamente após 1938, mas ganharam ritmo na década de 1950, sob a gestão do prefeito Rui Novais.
A demolição da Igreja do Rosário começou em maio de 1956, causando consternação na população. Algumas peças foram preservadas, enquanto a antiga Rua do Rosário foi transformada na larga Avenida Francisco Glicério. Após a demolição, os padres claretianos decidiram permanecer em Campinas, construíram uma nova igreja e casa na região do Jardim Chapadão, impulsionando o desenvolvimento do bairro.
A nova igreja manteve o estilo da anterior, mas de acordo com o responsável pelo projeto, apresentou uma definição ainda mais refinada de suas linhas arquitetônicas. A pedra fundamental foi lançada em 1956, e a nova Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi inaugurada em 1989, marcando um novo capítulo na história da fé, arte e cultura campineira.
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: Giovanna Sottero
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