Cultura & Espetáculos
Acervo reúne 20 trabalhos, como nesta colagem sobre fotos de Seydou Keita e Colin Jones
Por: Giovana Perianez de Souza
Um total de 20 obras compõe a exposição Elas fazem Arte, uma coleção de trabalhos reunidos pela TV Cultura, que busca caracterizar o cenário da arte brasileira entre os anos de 1988 e 2023, sob a ótica feminina. Com a curadoria de Daniela Bousso, historiadora e crítica de arte contemporânea, foram agrupadas criações de diferentes mulheres. A mostra, que está sediada no Instituto CPFL, começou no início de setembro e irá até 2 de dezembro, com entrada gratuita para todos os públicos.
A administradora do acervo, Daniela, graduou-se em Artes Plásticas pela FAAP em 1980, fez mestrado em história da arte pela USP, doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e pós-doutorado em artes visuais pela Unesp. Hoje, atua como curadora, dirigente cultural e leciona em cursos de graduação. Na exposição, ela segmentou o acervo em três eixos temáticos: Abstração, Cidades e Conceitualismo.
No primeiro eixo, o movimento artístico nomeado Geração de 80 toma conta na expressividade das obras selecionadas. Essa tendência teve como particularidade o retorno à pintura mais subjetiva e o distanciamento da racionalidade, tendência que vinha acontecendo nos anos 70. De forma característica, o quadro de Teresa Viana, apesar de não ter nome, apresenta inúmeras texturas de variadas cores que se mesclam formando uma composição na tela, aspecto típico das produções daquele período.
Para o segundo, tem-se um universo decorrido no espaço urbano na hora das construções, por isso a designação de Cidades. Nesse momento, há uma diversidade de materiais, tamanhos e forma dos itens. Gê Viana, ainda que com o mesmo nome de Teresa, produz quadros e colagens com enfoque no ativismo indígena e LGBTQI+. A artista maranhense complementa a exposição com uma colagem digital com o título Sapatona, trazendo questões de gênero para o ambiente.
No último núcleo, os suportes fogem da usual configuração de quadros, e passam a ser projetados em multimodos. A conceitual Kimi Nii, nascida no Japão e conhecida pelas cerâmicas de altas temperaturas, não se afasta de sua área. Com um totem feito pelo empilhamento de numerosos vasos arredondados de cerâmica, sua obra visualmente ganha bastante destaque.
O evento, que ocorre à Rua Jorge de Figueiredo Corrêa, 1632, Chácara Primavera, pode ser visitado de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. A mostra conta com a disponibilidade de descrição por áudio para todas as 20 peças em exibição.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Isabela Meletti
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