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Nova imortal ainda prefere papel e lapiseira

Escritora Margareth Brandini Park tomou posse da cadeira número quatro, da Academia Campinense de Letras

Por: Pamela Sousa

A nova imortal da Academia Campinense de Letras, Margareth Brandini Park, toma chimarrão todas as manhãs e escreve suas histórias usando uma lapiseira com grafite 0.9 sobre o papel branco. Além de gostar de escrever poesia pela manhã, não deixa de fazer pesquisa antes de partir para o ofício, perguntando-se: “Como vai ser?” e “Onde vou publicar?” durante todo o período em que escreve.

Margareth: “Quando tive netos, fiquei muito estimulada a escrever para crianças” (Foto: Grabriela Moda)

Desde o dia 28 de agosto, Margareth, aos 68 anos, ocupa a cadeira de número 4 do imponente prédio da ACL, localizado à rua Marechal Deodoro, 525, no centro de Campinas. Formada em pedagogia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a nova imortal de Campinas dedica-se a trabalhar com memória em suas produções.

Exemplos de livros da escritora são Mulheres na Pandemia, Memoriando Entre Cacos e Poetices, e Doroteia, a Velhinha que Gostava de Dançar, entre outros. O mais recente, Tecidinhos Torcidinhos, foi lançado pela Editora Adonis, em 2022.

Margareth lembra que, por mais que os livros sejam de gêneros literários diferentes, todos contém uma memória como “guia”. Também é possível encontrar esse elemento nas suas pesquisas junto a trabalhos de doutoramento na Unicamp. “Essa é minha marca”, diz.

A Margareth começou a gostar de trabalhar com memória no Centro de Memória da Unicamp (CMU), onde começou a trabalhar nos idos da década de 90, foi o lugar onde Margareth começou a gostar de trabalhar com a memória. Ali, encontram-se documentos que unem memória e história. Bem por isso, costuma focar seus relatos na própria história.

Margareth: “Eu estou me sentindo uma super-heroína” (Foto: Gabriela Moda)

Quando escrevia o seu currículo para a Academia Campinense de Letras, se lembrou da infância, quando passava a maior parte do tempo lendo os livros da biblioteca pública de Sousas. O mesmo aconteceu quando escrevia “Doroteia: a Velhinha que Gostava de Dançar”, ao se lembrar de sua história junto ao já falecido marido. A narrativa é um pouco a história do casal, em especial nos momentos dedicados à dança.

“Quando tive netos, fiquei muito estimulada a escrever para crianças”, diz Margareth, que usou suas memórias para inspirar narrativas infantis. “O velho tem a sua infância, o adulto tem a sua infância”, comenta ao dizer que seus textos – mesmo os infantis – são relatos para todos os gostos. “Eu escrevo para qualquer pessoa que queira ler boa história.”, afirma.

Margareth Brandini Park agora ocupa uma das 40 cadeiras da ACL, na vaga deixada pelo falecido jornalista José Roberto Martins Pereira. “Eu estou me sentindo uma super-heroína”, brinca.

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Melyssa Kell


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