Destaque
Ricardo Paris, da Pastoral Operária, estima que pelo menos 2 mil pessoas assistirão às
comemorações da Independência
Por Thalis Garcia
Nesta quinta-feira (07), um público estimado em 2 mil pessoas está sendo esperado para assistir à 29ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas, uma manifestação dos movimentos sociais que ocorre todo dia 7 de setembro em ato concomitante aos desfiles militares tradicionalmente realizados em vários municípios brasileiros. Os manifestantes vão se reunir a partir das 9h no Largo do Pará e, às 11h, descerão a avenida Francisco Glicério, no centro de Campinas, logo depois de encerrada a participação dos militares.
Com a pergunta “Você tem fome e sede de quê?”, o movimento está estruturado em cinco eixos, decorrentes do tema permanente “Vida em Primeiro Lugar”, conforme explica o aposentado Ricardo Paris, membro da Pastoral Operária, que desde a primeira edição atua na organização do movimento.
Paris explica que, em função das bandeiras levantadas pelos Excluídos, várias iniciativas já foram encaminhadas por comunidades locais, com ou sem o apoio de políticas públicas. Ele cita, por exemplo, a implantação de cozinhas comunitárias, hortas solidárias e cooperativas que fomentam a agricultura familiar, proporcionando segurança alimentar.
A 29ª edição do Grito, em Campinas, exigiu a realização de quatro plenárias organizativas. O último encontro, em agosto, contou com a presença de agentes das pastorais sociais da Área Sociotransformadora da Arquidiocese de Campinas e de representantes dos movimentos sociais, partidos políticos, sindicatos, comunidades e igrejas.
“A manifestação deste ano é particularmente importante, uma vez que o Brasil voltou a figurar no mapa da fome, da ONU”, comenta Paris ao lembrar o período de extrema carência alimentar registrado durante a pandemia da Covid-19.
O primeiro dos quatro eixos estipulados para o Grito deste ano corresponde a “Políticas Públicas”, visando conclamar à defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), educação pública de qualidade, habitação popular e trabalho digno, entre outros.
“Democracia e Soberania” – o segundo eixo – busca chamar a atenção para o respeito ao estado de direito e inserção do país no cenário internacional. O terceiro eixo, referente a “Violências Estruturais, Patriarcado, Racismo e Machismo”, busca jogar luz sobre questões que historicamente condicionam as chagas sociais existentes no país.
Como quarto eixo de luta dos excluídos, “Povos Originários” traz a importância de reconhecer os direitos das populações indígenas sobre as terras em que vivem, com o fim do marco temporal que satisfaz aos interesses capitalistas.
No quinto eixo, “Desigualdade, Economia e Justiça Social”, os manifestantes buscam denunciar que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, o que impacta na concentração de renda e no empobrecimento da maioria da população, com maior incidência sobre os negros. A manifestação do Grito será encerrada com a leitura de uma mensagem ao povo brasileiro.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Théo Miranda
Veja mais matéria sobre Destaque
Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública
Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo
Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física
Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas
Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica
Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa
Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas
São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas
Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024
Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade
Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata
Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino