Cultura & Espetáculos
Intenção dos produtores e artistas é acompanhar os acontecimentos da sociedade para incentivar debates
Por: Gabriela Moda
Os teatros passaram a receber um maior número de espetáculos que apresentam temáticas sociais a fim de dar voz a grupos e acontecimentos que acompanham a sociedade. Este sempre foi um espaço de manifestação, mas com a necessidade de se ampliar os debates, o teatro passou a receber peças que ultrapassam a ideia de apenas entreter e ampliou a apresentação de peças que retratam problematizações humanas, como explica a atriz e diretora, Cris Carvalho, “O teatro tem a capacidade de mostrar o óbvio por outras vertentes”.
Formada em pedagogia com licenciatura em artes, gestora e professora do Espaço Cultural Estúdio Cênico em Campinas, Cris Carvalho avalia que o teatro tem um papel importante na sociedade pois é a partir dele que questões sociais podem ser debatidas em cima dos palcos. “O teatro mostra as situações que vivenciamos para resolver de forma mais criativa”. Para ela, o desafio ao dirigir peças com temáticas polêmicas é pensar em novas formas de conceber e pensar o teatro, para que artistas e plateia possam refletir. O Espaço Cultural Estúdio Cênico, local em que Cris Carvalho dirige e roteiriza peças, já produziu diversas peças com temáticas relevantes com o objetivo de transformar o racional em experiencial, como é o caso de República, Homens de Papel e Alma Boa de Setsuan.

A diretoria Juliana Hilal afirma que o país vive uma onda de conservadorismo dominado pelo preconceito e pelo discurso de ódio. Em sua opinião, a dificuldade de se fazer peças que abordem essas questões deve-se às pessoas que não estão dispostas a terem essas discussões. Juliana é idealizadora da Bravo Teatro Musical, diretora cênica do Grupo Kê, fotógrafa profissional especializada em espetáculos, bailarina formada pela Royal Academy of Dance, atriz e professora de teatro.
Para ela, o teatro pode enfrentar protestos e discursos de ódio nas redes sociais, mas as peças devem apresentar situações sociais para quem está disposto a enfrentar esses. “Então a gente acaba falando com as pessoas que já tem um pensamento parecido com esse de questionar e transformar”, acredita.
Por mais que hoje exista um espaço maior na sociedade para que esses debates aconteçam, o ator Paulo Zarta afirma não existir incentivo por parte das Secretarias de Cultura. Zarta trabalha profissionalmente desde 2017 e já atuou em diversas peças, sendo a mais recente a de Nelson Rodrigues “Viúva Porém Honesta” em que foi o psicanalista. O ator assegura que o teatro em si é um debate social, além de ser um espaço para manifestação política.

Em contrapartida, o coordenador de teatros e auditórios da Secretaria de Cultura de Campinas, Ricardo Pereira, diz que existe um incentivo constante por parte das secretarias de cultura do Estado de São Paulo, citando o mês de junho, considerado mês da diversidade de gênero, em que várias peças direcionam as temáticas para essa comunidade devido à e ataques que essas pessoas sofrem.
Orientação: Rose Bars
Edição: Gabriela Lamas
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