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Estreante no evento, The Paradise garimpou tecidos em brechós pelo mundo para montar peças únicas
Por Ana Ornelas e Vitória Régia


Em uma semana de desfiles, na 55ª edição do maior evento de moda da América Latina, entre 25 e 28 de maio, grifes brasileiras tiveram a chance de se apresentar na São Paulo Fashion Week (SPFW) trazendo novas tendências de modelagens e estampas que estão se concretizando na moda atual. Entre elas, destaca-se a inclinação para o estilo vintage, que busca retomar peças de brechós como algo exclusivo e único.
Nesse sentido, buscando ressurgir essa nova onda, a grife The Paradise apresentou um desfile que encontra essas origens em suas peças e transforma a ideia de roupas de brechó em algo singular. Sendo uma das estreantes do evento, junto com Gefferson Vila Nova, Rafael Caetano, Forca Studio, Marina Bitu e David Lee, a marca brasileira resgata a moda vintage adaptando-a para os tempos atuais e adicionando sua identidade nas peças.

Em entrevista para o Digitais, Thomaz Azulay, um dos criadores e designers da marca, conta que todos os looks apresentados foram feitos a partir de tecidos garimpados em brechós e feiras de antiguidade pelo mundo. “Temos tecidos japoneses e africanos que formam peças únicas criadas dentro do nosso ateliê, além do trabalho extra de bordados e brilhos que a passarela pede”, explica Thomaz.

Sendo uma marca que tem identidade visual pautada na estética tropical do Rio de Janeiro, cidade natal da grife, o Brechó The Paradise no SPFW mesclou a moda dos anos 50, 60, 70 e 80 com a brasilidade do perfil carioca, apresentando a tendência no evento. “Conseguimos fazer uma estampa com a cara dos anos 80, mas com uma pegada digital, de uma forma que não poderia ser feita na época”, conta o estilista.

Para acompanhar o movimento de nostalgia em suas referências, Thomaz conta sobre a importância da antiga Yes, Brazil na história da marca que ele e Patrick Doering criaram. Elaborada 1979, por seu pai, Simão Azulay, no auge da ditadura militar, a grife contava com muito volume e brilho, para acompanhar a efervescência cultural de protesto da época. “Eu trago essa referência [da Yes, Brazil] em qualquer coisa do meu trabalho, porque foi minha escola”, revela o designer.

Dessa forma, além do uso de referências nostálgicas em suas peças, houve o cuidado em identificar os modelos que seriam responsáveis por dar vida àquele tecido. Diferentes corpos de diferentes idades desfilaram na passarela, criando uma identificação com a mistura de gerações e a tradução desse contexto nas criações dos designers. Segundo Thomaz, o casting é escolhido por pessoas que apresentam personalidades similares a representação esperada da vestimenta.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Melyssa Kell
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