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Artista Leani Ruschel disse ter buscado inspiração no legado de Frans Krajcberg, morto em 2017
Por: Mariana Dadamo
Até a próxima quarta-feira (31), das 8h30 às 21h30, estará disponível gratuitamente para visitação a exposição “Olhares Sensíveis: troncos, raízes, cipós”, da artista Leani Ruschel, 79, na Casa do Lago, na Unicamp. Madeira de árvores derrubadas inspira Leani a transformar objetos descartados em obra de arte. Através de seu trabalho, ela busca mudar a percepção da natureza e do olhar humano.
Aposentada como professora da Universidade Estadual Paulista, de Assis, Leani começou a se interessar pelas obras do artista judeu-polonês Frans Krajcberg, defensor da natureza e ativista contra as queimadas na Amazônia, que morreu em 2017. Ele coletava madeira que o mar trazia, que as queimadas deixavam e as transformava em arte.
Com 33 obras expostas, sendo três feitas com parceria de Regina Lara, que é professora da Universidade Mackenzie e formada em arte, Leani teve interesse pelo ateliê de vitrais de seu avô e atualmente restaura e cria esses vitrais. Leani a convidou para unir a madeira com o vidro e criar obras inovadoras. “Eu já tinha as obras pra juntar com a Regina, mas foi um processo difícil por conta de o vidro ter que ir ao forno”, disse a artista.
João Carlos Santana, 61, aposentado como analista de siderúrgica, de Indaiatuba, estava esperando a esposa quando aproveitou para conhecer a mostra que o levou à reflexão de que é possível achar a arte em qualquer lugar e em formatos inusitados. “Se a gente visse na rua, nem ligaria. Mas com a visão da artista, se tornou algo muito bonito”, comentou.
Além do prazer de ver suas obras expostas, Leani disse ter tido dificuldade criativa, tensa e de pensar muito por conta da ansiedade para fazer as obras do jeito que imaginava. “Eu ia dormir pensando nas obras e ficava o dia todo focada nisso, ia pegando as madeiras aqui e ali, cada obra tem sua história especial pra mim”, disse a artista.
Está há 20 anos no projeto, mas por condições físicas, ela se afastou um pouco e agora sua filha Cristina Rick, 54, que é professora, assumiu ‘o trabalho. Leani diz que é muito gratificante ver as pessoas “abrindo a cabeça” para o fato de a madeira não servir só para fogo, ela tem outras funções e até para a arte é significativa.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Melyssa Kell
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