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Lyvia Benvenuti e Igor Favero são finalistas na doodle art que se encerra em Amsterdã
Por Izabella Santos
Os estudantes de Artes Visuais da Puc-Campinas Lyvia Vieira, de 22 anos, e Igor Favero, de 25 anos, foram selecionados para a final brasileira da competição de doodle art, promovida pela Red Bull, que visa empoderar uma nova geração de artistas, convidando estudantes e entusiastas de todo o mundo a libertar a criatividade através de rabiscos imaginativos. A campanha contou com mais de 30 mil inscrições no Brasil, sendo que apenas 40 obras foram selecionadas para disputar a etapa nacional, neste fim de semana, para escolher um representante para o mundial.
Doodle, que na tradução literal significa rabiscos, é uma forma de exercitar a criatividade enquanto se desenha. É uma modalidade de arte que começa com uma mistura de personagens soltos, que se juntam uns nos outros no decorrer do desenho, às vezes também com palavras, mas sempre unidos, se tornando, assim, uma doodle art.
Igor, que já conhecia a modalidade antes da competição mas nunca havia aventurado a fazer a própria arte, vê a sua classificação para a final nacional como uma grande oportunidade de se inserir ainda mais no mercado artístico, além de conhecer outros grandes novos artistas que também estarão na disputa.
“Eu sou muito pé no chão e reconheço que tem outras ilustrações incríveis na competição. Então, só de estar participando das finais e ter a oportunidade de conhecer outros artistas, já é incrível. Hoje a competição representa uma grande oportunidade para divulgar meu trabalho, além de ser um reconhecimento muito legal, que me deixou muito feliz. Ganhar a competição me ajudaria muito a conquistar espaços que talvez demorassem anos para conseguir”, disse o estudante.
A respeito de seu desenho, Igor explica que sempre busca em seus trabalhos artísticos trazer elementos que representam o Brasil, desde animais, até traços culturais brasileiros, como o folclore, festas típicas, carnaval e festa junina. O acadêmico achou interessante trazer esses símbolos, principalmente por se tratar de uma competição que elegerá um representante do Brasil em uma competição mundial.
Já Lyvia, que desde cedo teve um contato próximo com a arte vendo sua mãe pintar telas, se envolveu muito nova com os passos da família. Em 2019, quando começou a cursar design gráfico em outra universidade, foi introduzida à arte digital, que até então era um mundo desconhecido, passando a ver a arte como profissão. E foi isso que ela resolveu retratar nesta sua primeira doodle art produzida.
Para o rabisco, a artista visual conta que fez três personagens, articulando formas de juntá-los, onde o tema geral estaria escrito na camiseta da menina que está no centro da imagem: “faça arte”. Essa personagem traz energia e entusiasmo para o desenho, além de estar segurando uma caneta de arte digital, que foi a forma como ela fez a ilustração. Um outro elemento é um menino mordendo o manual do artista, que simboliza, para ela, uma forma de demonstrar que está “devorando” o livro e também discordar de que existem regras que moldam a arte. Por fim, Lyvia utilizou elementos que representam a si mesma, como selos, que é algo que ela coleciona, além da presença da bandeira do Brasil.
“Essa competição representa, de fato, um amadurecimento da minha técnica, de forma que eu realmente consegui expressar o que eu queria no papel. Geralmente eu acabo tendo alguns bloqueios criativos e duvido muito do potencial da minha criação, mas ter um estímulo para produzir foi muito significativo e fico feliz demais por estar vendo os resultados que minha arte trouxe”, contou.
A etapa final brasileira do concurso acontece nesta sexta e sábado, 14 e 15, no Amata Bar, em São Paulo. O vencedor, além de representar o Brasil na final do mundial de doodle art em Amsterdam, na Holanda, viverá três dias de imersão nesse mundo artístico. Para assistir à competição ao vivo, basta entrar no site da RedBull Doodle Art e resgatar os ingressos de forma gratuita.
Orientação: Carlos A. Zanotti
Edição: Ana Ornelas
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