Destaque
Anselmo Caparica e Marco Guarizzo contaram suas experiências em Copas na segunda mesa da Jornada de Jornalismo Esportivo
Por: Ana Luiza Gomes e Bruno Costa
Vestir a camisa da seleção brasileira em época de Copa do Mundo é um traje comum, mas desta vez o visual verde e amarelo tem sido motivo de polêmica. Esse foi um dos assuntos abordados na segunda mesa do primeiro dia (19) da Jornada de Jornalismo Esportivo promovida pela Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas. Essa rodada de bate-papo com os estudantes foi realizada no período noturno e contou com a participação dos jornalistas Anselmo Caparica, da TV Globo, e Marco Guarizzo, da rádio CBN Campinas.

O jornalista e apresentador da rádio CBN Campinas Marco Guarizzo, que carrega experiência no jornalismo esportivo desde o futebol amador até campeonatos mundiais, foi questionado por um estudante sobre a perda de identidade da camisa da seleção brasileira por conta do atual cenário político polarizado. Marco disse que a camisa da seleção está sendo mal usada em função do fanatismo e dos protestos. “As pessoas vão protestar contra a corrupção com a camisa da seleção brasileira, ou seja, isso tem um pouco a ver não só com as cores verde e amarelo, mas com a instituição CBF que a gente está vendo o presidente ser cassado e recebendo denúncia de assédio. Então a política tem a ver? Tem! Dividiu o país? Dividiu”, explicou.
Ao também ser questionado sobre a apropriação da camisa da seleção brasileira no cenário político, Anselmo Caparica se mostrou curioso sobre o resultado e o rumo que esse uso vai tomar, mesmo que a Copa seja após as eleições. “Infelizmente a gente tem essa situação que, de certa forma, as pessoas identificam a camisa da seleção brasileira com um ‘dos lados’. Então é natural que as pessoas que têm uma opinião política diferente não se sintam representadas pela camisa justamente por causa dessa apropriação que foi feita. Eu acho que mesmo assim, tirando essa questão da camisa, as pessoas continuarão a torcer pela seleção brasileira”, opinou o jornalista.

Caparica participou do projeto Passaporte SporTV, realizado na Copa de 2010, onde vários jornalistas recém-formados foram selecionados para realizar a cobertura do mundial. Caparica morou por 6 meses na Coréia do Sul, onde cobriu a Copa realizada na África do Sul. Para ele, cobrir o mundial vai muito além da partida dentro de campo. “O meu desafio era diferente dos colegas que estavam em outros países que tem o futebol muito mais presente do que na Coreia do Sul. Eu tinha que buscar pautas culturais. A ideia era mostrar como os coreanos viviam o esporte intensamente na Copa do Mundo”, contou o jornalista que também participou das coberturas das Copas de 2014 e 2018.
Os jornalistas pontuaram a importância de oferecer sempre uma informação diferente ao público, pois a cobertura do jogo todos os veículos de comunicação noticiam. Guarizzo que cobriu a Copa de 2014 realizada no Brasil contou sobre as estratégias e a boa apuração para publicar algo relevante. “Pra você conseguir algo diferente você vai ter que buscar fora. Às vezes você vai pegar uma informação, se o dirigente é teu amigo e te passar alguma informação em off, vai ter que apurar e pôr no ar”, disse.
Orientação: Profa. Amanda Artioli
Edição: Henrick Borba
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