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Sediada em Campinas, a Sampi reúne 8 mercados do interior, afirma o jornalista Correa Neves
Por: Pietra de Moraes
Desde esta quinta-feira (22), a região de Campinas ganha um novo portal de notícias, que já nasce com um total de quase 7 milhões de leitores ao mês, segundo as métricas de audiência definidas por “sessões” no Google Analitics. Com o nome inspirado em uma letra do alfabeto grego, a Sampi (https://sampi.net.br/campinas) vai reunir empresas jornalísticas que atuam em São José dos Campos, Sorocaba, Franca, Rio Claro, Araraquara, Piracicaba, Bauru e Jundiaí.
“Vamos aproveitar a sinergia dessas empresas e ter uma equipe de repórteres e editores exclusiva para Campinas, onde definimos ter a sede do portal”, afirmou um dos articuladores do empreendimento, o empresário Fernando Salerno, dono de um semanário e de um portal de notícias que levam o nome de “O Vale”, grupo tradicional em São José dos Campos.
Salerno, que tem feito frequentes visitas à cidade de Campinas, disse que o novo portal não veio “para substituir ninguém”. “Queremos apenas participar desse mercado, oferecendo informação de qualidade, sem vínculos partidários e nenhuma associação com grupos econômicos de qualquer natureza. Queremos produzir informação digna de confiança, como precisa ser o bom jornalismo”, disse.
“Com o projeto, vamos reduzir custos de investimento e de operação. Vamos otimizar esforços e nos dedicar a coberturas jornalísticas que realmente importam para o cidadão”, prometeu o jornalista Correa Neves Jr., do grupo GCM, da cidade de Franca, o CEO da nova organização.
De acordo com ele, o novo grupo desenvolveu ferramentas próprias para o modelo de negócios e de produção jornalística planejado para o salto que pretende dar. O portal terá notícias nacionais e internacionais de interesse de todas as praças, mas contará também, na página inicial de cada município onde estão sediados os afiliados, com pelo 9 destaques noticiosos locais. Pelo termo “local” – diz ele – entenda-se: “cada praça terá uma página inicial diferente, própria para o cidadão daquele município”.
“O empreendimento é totalmente georreferenciado. Significa que ‘o seu local’ será aquele onde você estiver dentro das praças cobertas pela Sampi”, descreveu Correa Neves, que acumula passagens por jornais como “Folha de S. Paulo” e “O Estado de S. Paulo” e cursos de aperfeiçoamento em gestão de informação.
Correa Neves disse reconhecer que os jornais impressos – inclusive o que pertenceu à sua família na cidade de Franca – não souberam “fazer a transição do papel para o modelo digital” e que “perderam muito terreno e dinheiro nesse período” por terem demorado a entender “que hoje vivemos uma nova fase da comunicação”.
“Não tem sentido dar de manchete, no dia seguinte, uma notícia que todo mundo já sabia na véspera, em função da ubiquidade da informação possibilitada pela internet”, avaliou o CEO do novo grupo. “Com a internet podemos ter, ao mesmo tempo, o jornalismo com informações de interesse nacional e estritamente local”, disse ao afirmar que os conteúdos locais da Sampi irão se apoiar no conceito de jornalismo hiperlocal, com foco no interesse comunitário.
“Onde estiver acontecendo alguma coisa de interesse da comunidade, estaremos lá, cobrindo e colocando no ar no exato momento em que o acontecimento estiver ocorrendo”, afirmou Correa Neves. De acordo com ele, os repórteres e editores da Sampi estarão habilitados a “subir” para o portal vídeos, textos, arquivos de áudio e fotos de onde quer que estejam, inclusive fazendo “lives” nos locais onde estiverem realizando coberturas.
“Queremos ser a primeira referência para que as pessoas procurem checar novidades e conferir se está de fato havendo algum incêndio ou se acabou de ocorrer um acidente grave em qualquer lugar da cidade”, exemplificou.
Correa Neves disse também que a plataforma tecnológica desenvolvida para a Sampi possibilitará monitorar permanentemente as áreas de interesse de seus leitores, “o que vai otimizar nossa relação com o público”. “Queremos trazer novas fontes para o noticiário, sair do oficialismo e do jornalismo declaratório”, acentuou.
De acordo com Salerno, a Sampi já vai ao ar com audiência superior à do portal CidadeOn, do grupo EPTV, também com sede em Campinas. O gigantismo do emprendimento é importante – segundo ele – para desepertar a atenção de grandes anunciantes, já que eles só inserem publicidade em portais que possuem mais de 5 milhões de sessões/dia contabilizadas pelo Google Analitics.
“Até o final do ano, teremos novas empresas afiliadas em outras praças do interior do estado e chegaremos a um total de 9 milhões de leitores”, garantiu Correa Neves. A escolha por Campinas para sede da nova empresa deveu-se, segundo Salerno, à centralidade do município, mobilidade quando comparado a São Paulo, peso econômico no interior do estado e importância no desenvolmento científico.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Melyssa Kell
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